Eduardo Bolsonaro contesta decisão de Moraes sobre convite para posse de Trump
Deputado federal questiona exigências do ministro do STF e defende validade do convite recebido.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), manifestou sua insatisfação com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que solicitou um comprovante oficial do convite para a posse de Donald Trump, marcada para o dia 20 de janeiro. A exigência foi feita em um despacho publicado no último sábado, 11.
Na decisão, Moraes determinou que a defesa de Jair Bolsonaro apresentasse um documento que confirmasse o convite para a cerimônia de posse. O objetivo é avaliar o pedido do ex-presidente para a devolução de seu passaporte, que foi apreendido pela Polícia Federal em fevereiro de 2024.
Eduardo Bolsonaro, em um vídeo divulgado em suas redes sociais, questionou os critérios exigidos por Moraes e indagou quais documentos seriam necessários para validar o convite. Ele destacou que o convite foi enviado por um e-mail de um remetente não identificado, o que, segundo o ministro, justificou a solicitação de provas adicionais.
“Todo mundo recebeu convite deste e-mail”, afirmou Eduardo, referindo-se ao endereço eletrônico “info@t47inaugural.com”. O deputado ressaltou que o próprio Donald Trump teria enviado o convite diretamente a Jair Bolsonaro, e que a decisão de convidar o ex-presidente brasileiro foi tomada após uma análise criteriosa por parte de Trump.
Eduardo ainda enfatizou sua atuação como intermediário nas comunicações entre a família Bolsonaro e o gabinete de Trump, afirmando: “Estou muito feliz com esse convite. Se fosse para eu falsificar alguma coisa, teria feito lá atrás.”
Além disso, o deputado expressou sua preocupação com a divulgação do e-mail por Moraes, afirmando que isso poderia gerar desconforto entre os americanos. “Imagino que os americanos devem estar muito furiosos com Alexandre de Moraes, porque é provável que este e-mail agora esteja com a sua caixa de entrada abarrotada”, disse.
O ex-assessor de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, também se manifestou nas redes sociais, garantindo que a equipe jurídica atenderá às exigências do STF e apresentará toda a documentação necessária ao ministro.
A decisão de Moraes, que exige complementação probatória, foi motivada pela falta de identificação do e-mail que enviou o convite, além da ausência de informações como horário e detalhes da programação do evento. O ministro considerou essas falhas como razões suficientes para solicitar mais provas.
O desdobramento dessa situação pode impactar não apenas a viagem de Jair Bolsonaro aos Estados Unidos, mas também a relação entre os ex-presidentes e o atual governo brasileiro, além de gerar repercussões no cenário político nacional.
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