Moraes solicita à PGR manifestação sobre convite de Trump a Bolsonaro para posse
Ministro do STF pede comprovação do convite para que ex-presidente participe da cerimônia em Washington.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, encaminhou um pedido à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que se manifeste sobre a possibilidade de o ex-presidente Jair Bolsonaro participar da posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, marcada para o próximo dia 20 de janeiro em Washington.
A solicitação de Moraes ocorre em resposta ao pedido da defesa de Bolsonaro, que busca a liberação do passaporte do ex-presidente, apreendido pela Polícia Federal em fevereiro de 2024 durante uma investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado. Desde então, Bolsonaro está impedido de deixar o Brasil.
Os advogados de Bolsonaro apresentaram um e-mail como prova do convite para a cerimônia de posse, mas Moraes destacou que o pedido não estava acompanhado dos “documentos necessários”. Ele argumentou que a mensagem foi enviada de um “endereçamento não identificado” e não continha informações sobre o horário ou a programação do evento.
Na última segunda-feira, a defesa do ex-presidente respondeu ao pedido de Moraes, afirmando que o convite é, de fato, o e-mail que foi apresentado anteriormente. Segundo os advogados, o e-mail foi enviado por info@t47inaugural.com, um domínio que, segundo eles, é utilizado pelo comitê inaugural de Trump, conforme indicado em várias ocasiões no site oficial do evento.
A defesa argumentou que o convite, datado de 8 de janeiro de 2025, foi enviado ao deputado Eduardo Bolsonaro e que, portanto, a exigência de Moraes foi atendida com a apresentação da mensagem e sua tradução juramentada.
Bolsonaro, que já teve seu pedido de liberação de passaporte negado anteriormente pelo STF, expressou em suas redes sociais estar “muito honrado” em receber o convite e ressaltou a importância da posse de Trump como um “evento histórico”.
O ex-presidente também informou que a viagem teria duração de cinco dias, entre 17 e 22 de janeiro, e aguarda a decisão da PGR sobre a autorização para sua saída do país.
O ministro Moraes agora espera um parecer da PGR que poderá validar ou não a ida de Bolsonaro à cerimônia de posse, um evento que promete atrair a atenção de diversos setores da política brasileira e internacional.
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