Asteroide do tamanho de uma montanha passa perto da Terra hoje em evento raro
Asteroide maior que Manhattan se aproxima da Terra e promete espetáculo astronômico.
Um asteroide com dimensões superiores às de Manhattan está passando perto da Terra hoje, em um evento astronômico que ocorre uma vez a cada década. O asteroide, chamado Alinda, é descrito como tendo o 'tamanho de uma montanha' e orbita o sistema solar a cada 3,89 anos.
A aproximação mais próxima do asteroide será de 7.630.000 milhas, a menor distância em um século. Essa proximidade pode fazer com que Alinda se destaque no céu noturno, proporcionando uma oportunidade única para observadores do hemisfério norte.
Felizmente, Alinda, que é maior que 995 outros asteroides conhecidos, não representa risco de colisão com o planeta. Jake Foster, oficial de astronomia pública no Observatório Real de Greenwich, comentou sobre o asteroide: 'Com um tamanho estimado de 4,2 km de largura, ele é cerca de um terço do tamanho do asteroide que causou a extinção dos dinossauros, que tinha entre 10 e 15 km de largura.'
Foster alertou que, caso Alinda colidisse com a Terra, 'os efeitos seriam indubitavelmente catastróficos em escala global'. Ele explicou que a onda de choque resultante poderia devastar áreas em um raio de centenas de quilômetros.
“Aqueles que sobrevivessem à destruição inicial teriam que lidar com os efeitos devastadores subsequentes”, acrescentou. O especialista também mencionou que 'terremotos seriam sentidos em todo o planeta, com enormes ondas de maré provocadas pela atividade tectônica'.
Além disso, a poeira e os detritos poderiam obscurecer o céu, resultando em um 'inverno de impacto'. Foster destacou que as perturbações nos ecossistemas e na vida animal seriam severas, com múltiplas extinções de espécies esperadas.
Os entusiastas da astronomia no hemisfério norte poderão observar Alinda passando próximo às constelações de Orion e Gêmeos. Essa passagem ocorre após a descoberta de um objeto intrigante viajando pelo espaço, denominado 2060 Chiron.
Chiron, um híbrido de asteroide e cometa com 200 km de largura, pertence a uma classe de corpos conhecidos como Centauros, que se localizam entre Júpiter e Netuno. Esses corpos se comportam como asteroides, mas produzem caudas brilhantes de gás e poeira, semelhantes às de cometas.
A equipe de astrônomos da Universidade da Flórida Central utilizou o Telescópio Espacial James Webb (JWST) para revelar que Chiron é 'como nada que já vimos antes'. Ao analisar imagens em infravermelho próximo, os pesquisadores reconstruíram cuidadosamente a composição química deste corpo interplanetário.
Os resultados mostraram que a superfície de Chiron contém uma mistura de produtos químicos de uma época anterior à formação do sistema solar, incluindo CO2, metano e água congelada. O coautor Dr. Charles Schambeau afirmou: 'Essas descobertas são como nada que já vimos antes.'
Essas detecções ampliam nossa compreensão sobre a composição interna de Chiron e como esse material produz os comportamentos únicos observados.
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