TikTok pode bloquear acesso ao aplicativo nos EUA a partir de domingo, afirmam fontes
A medida ocorre em meio a uma proibição federal que pode entrar em vigor, a menos que a Suprema Corte intervenha.
O TikTok, popular aplicativo de compartilhamento de vídeos, planeja bloquear o acesso ao seu serviço para usuários nos Estados Unidos a partir de domingo, conforme informações de fontes que pediram anonimato. Essa ação está prevista para ocorrer em resposta a uma proibição federal que poderá ser implementada, a menos que a Suprema Corte dos EUA intervenha para suspendê-la.
De acordo com a legislação vigente, a proibição se limita a novos downloads do aplicativo nas lojas de aplicativos da Apple e do Google. Usuários que já possuem o TikTok instalado em seus dispositivos poderão continuar a utilizá-lo por um período, embora a empresa tenha planos para restringir o acesso.
Segundo as fontes, ao tentarem abrir o aplicativo, os usuários verão uma mensagem pop-up que os direcionará a um site com informações sobre a proibição. Além disso, o TikTok oferecerá aos seus usuários a opção de baixar todos os seus dados pessoais, permitindo que eles mantenham um registro de suas informações.
A empresa controladora do TikTok, a ByteDance, que é uma companhia de capital fechado, não respondeu imediatamente aos pedidos de comentários sobre a situação. A ByteDance é detida em cerca de 60% por investidores institucionais, incluindo Blackrock e General Atlantic, enquanto os fundadores e funcionários possuem 20% da empresa cada um. Atualmente, a ByteDance conta com mais de 7.000 funcionários nos Estados Unidos.
Em abril do ano passado, o presidente Joe Biden sancionou uma lei que exige que a ByteDance venda seus ativos nos EUA até 19 de janeiro de 2025, sob pena de enfrentar uma proibição nacional. A legislação foi criada em resposta a preocupações sobre segurança nacional e proteção de dados dos usuários.
Recentemente, a Suprema Corte pareceu inclinada a manter essa lei, apesar dos apelos do presidente eleito Donald Trump e de parlamentares que pedem uma extensão do prazo para a venda dos ativos. Trump, que tomará posse no dia seguinte à entrada em vigor da lei, argumentou que deveria ter tempo suficiente para buscar uma “solução política” para a questão.
O TikTok e a ByteDance têm buscado, ao menos, um adiamento na implementação da lei, alegando que a medida viola a proteção da Primeira Emenda da Constituição dos EUA, que garante a liberdade de expressão. Em um processo judicial recente, a TikTok estimou que um terço dos 170 milhões de norte-americanos que utilizam o aplicativo deixariam de acessá-lo se a proibição se mantiver por um mês.
Com a crescente pressão sobre a empresa e a incerteza em torno de sua operação nos EUA, o futuro do TikTok no país permanece em aberto, com usuários e investidores aguardando desdobramentos sobre a situação legal e as possíveis ações da Suprema Corte.
Veja também: