Irmãos condenados a 240 anos de prisão pela chacina em Campo Erê, SC
Os irmãos, de 32 e 38 anos, foram julgados pelo assassinato de quatro pessoas em janeiro de 2023; entenda o caso.
Os irmãos, de 32 e 38 anos, foram condenados a 240 anos de prisão cada um pelo assassinato de quatro pessoas durante uma chacina ocorrida em Campo Erê, no Oeste de Santa Catarina, em janeiro de 2023. O julgamento, que se estendeu por dois dias, culminou na decisão do júri na noite de terça-feira (15).
A chacina, que chocou a comunidade local, aconteceu na noite de 21 de janeiro. Os acusados, armados com uma espingarda, iniciaram o ataque em um bar, onde mataram a proprietária e sua filha. Em seguida, invadiram uma residência próxima, resultando na morte de mais duas pessoas. Além das quatro vítimas fatais, outras seis pessoas ficaram feridas durante o ataque.
As vítimas foram identificadas como Carlos Delfino dos Santos, de 63 anos; Emídia dos Santos, de 53 anos; Marinalva dos Santos, de 18 anos; e Ana Cláudia Schultz, de 35 anos. Todas eram familiares ou próximas da mulher que seria o alvo principal do ataque, que não estava presente no local no momento da chacina.
A motivação do crime foi atribuída a uma vingança relacionada ao suicídio do irmão dos réus, ocorrido pouco antes da chacina. Os irmãos acreditavam que a esposa do falecido era responsável pela morte dele, uma vez que havia solicitado o divórcio. O plano inicial era matar a cunhada, mas como ela não estava no bar, os irmãos atacaram seus familiares.
Durante o julgamento, os irmãos foram considerados culpados por quatro homicídios qualificados e seis tentativas de homicídio, todos com agravantes como motivo fútil e uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas. Além da pena de prisão, a Justiça determinou que os réus indenizassem as famílias das vítimas em R$ 100 mil por cada morte, R$ 50 mil para cada ferido e R$ 20 mil para aqueles que não sofreram ferimentos.
Os réus têm o direito de recorrer da sentença, mas a Justiça já negou o pedido de liberdade durante o processo. A decisão do júri foi amplamente aguardada pela comunidade, que viveu momentos de tensão e medo após o crime brutal.
A chacina em Campo Erê não apenas abalou a cidade, mas também levantou discussões sobre a segurança pública na região. A população local expressou preocupação com a possibilidade de novos atos de violência e a necessidade de medidas mais eficazes para garantir a segurança dos cidadãos.
O caso continua a ser acompanhado de perto pelas autoridades e pela mídia, que buscam entender melhor as circunstâncias que levaram a esse ato de violência extrema. A expectativa é que o julgamento e a condenação dos irmãos sirvam como um alerta para a sociedade sobre as consequências da violência e da vingança.
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