Polícia prende suspeito pela morte de turista em comunidade do Rio de Janeiro
Diely da Silva Maia, de 34 anos, foi baleada enquanto estava em carro de aplicativo na Zona Oeste; investigação segue em andamento.
A Polícia Militar do Rio de Janeiro prendeu, na manhã desta quinta-feira (16), um dos suspeitos de envolvimento na morte da turista Diely da Silva Maia, de 34 anos. O crime ocorreu em dezembro do ano passado, quando Diely, que estava de férias na cidade, foi atingida por disparos enquanto estava em um carro de aplicativo que entrou por engano na comunidade do Fontela, localizada em Vargem Pequena, na Zona Oeste.
De acordo com informações da polícia, Diely foi baleada no pescoço e morreu ainda dentro do veículo. O motorista, Anderson Sales Pinheiro, que não conhecia bem a região, também ficou ferido nas costas. Ele foi socorrido e recebeu alta horas depois, no Hospital Municipal Lourenço Jorge.
O suspeito foi localizado por policiais do 31º Batalhão de Polícia Militar (BPM) do Recreio dos Bandeirantes. A ocorrência foi encaminhada para a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que está à frente das investigações.
No dia 3 de janeiro, um adolescente de 16 anos também foi apreendido como suspeito do crime. Ele foi encontrado na mesma comunidade onde ocorreu o homicídio. A DHC apurou que, após o crime, o menor fugiu para o Complexo da Penha, seguindo ordens dos líderes da facção criminosa que atua na região.
As investigações revelaram que, na comunidade do Fontela, traficantes do Comando Vermelho exigem que motoristas de aplicativos abaixem os vidros, acendam a luz interna e acionem o pisca-alerta para circular com segurança. Essa medida visa proteger os motoristas de possíveis ataques de facções rivais.
No dia do crime, o motorista, seguindo as orientações do GPS, tentou acessar a Avenida Benvindo de Novaes pela Fontela, sem saber que isso poderia representar um risco. O trajeto levou o veículo a percorrer cerca de 600 metros na comunidade, onde foi alvejado.
O adolescente, que teria a função de segurança da comunidade, ao perceber a aproximação do carro com vidros fechados e sem sinalização, disparou contra o veículo, atingindo Diely e o motorista. O corpo da turista foi enterrado na Bahia, sua terra natal, no dia 31 de dezembro.
Diely da Silva Maia era gerente contábil e havia chegado ao Rio de Janeiro horas antes do incidente, com a intenção de passar o réveillon na cidade. A repercussão do caso levantou discussões sobre a segurança nas comunidades e a necessidade de medidas mais eficazes para proteger tanto os moradores quanto os visitantes.
As investigações continuam em andamento, com a DHC buscando esclarecer todos os detalhes do caso e identificar outros possíveis envolvidos na tragédia que chocou a cidade.
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