Preço médio das passagens aéreas caiu 5,1% em 2024, afirma ministro Silvio Costa Filho
Ministro de Portos e Aeroportos destaca a importância da compra antecipada para tarifas mais acessíveis
O preço médio das passagens aéreas no Brasil apresentou uma queda de 5,1% em 2024, conforme anunciou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira. O valor médio das passagens foi de R$ 631,16, com mais da metade dos bilhetes vendidos por menos de R$ 500.
Durante a apresentação, Costa Filho enfatizou a relevância de adquirir passagens com antecedência para garantir preços mais acessíveis. Ele comentou: “A gente precisa fazer esse debate de tentar incutir na cultura do brasileiro a possibilidade de comprar passagens com mais antecedência”.
A taxa de ocupação das aeronaves alcançou 84%, o maior índice desde 2002, o que demonstra uma recuperação significativa no setor aéreo. O ministro também destacou que, apesar da queda no preço médio das passagens no Brasil, o cenário internacional apresenta um aumento de 15% nas tarifas aéreas desde a pandemia de 2020.
“Hoje temos um processo muito preocupante no mundo que é a falta de aeronaves. Qualquer aeronave dessas demora quatro ou cinco anos para ser fabricada e entregue”, afirmou Costa Filho, ressaltando a escassez de aeronaves como um fator que tem pressionado os preços das passagens.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que a metodologia utilizada para calcular o preço médio das passagens considera todas as tarifas efetivamente comercializadas, excluindo apenas aquelas que são vendidas com descontos não disponíveis a todos os consumidores. Essa abordagem visa refletir com precisão as variações de preços ao longo do mês.
O ministro também mencionou o programa Voa Brasil, que visa estimular viagens entre aposentados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) com passagens a preços reduzidos. Segundo ele, o impacto do programa ainda é pequeno, pois muitos aposentados não estão cientes de sua existência, especialmente nas regiões mais afastadas do país.
Costa Filho explicou que o objetivo do Voa Brasil não é apenas reduzir o preço das passagens, mas também incluir os idosos no mercado de turismo. “O Voa Brasil já colocou no ar o equivalente a cerca de 200 aeronaves lotadas de aposentados em trânsito pelo país”, disse.
Por fim, o ministro expressou preocupação com a falta de aeronaves no mercado, um problema que se agravou durante a pandemia. Ele ressaltou que a ampliação da oferta e a redução dos preços das passagens dependem diretamente da recuperação do setor aéreo e da disponibilidade de novas aeronaves.
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