Na B3, ações da Gol sobem 9% e da Azul 0,95% após notícias sobre memorando de entendimento
09 de Janeiro de 2025 às 19h12

Ações da Gol e Azul disparam com rumores de fusão entre as companhias aéreas

Na B3, ações da Gol sobem 9% e da Azul 0,95% após notícias sobre memorando de entendimento

As ações das companhias aéreas Gol e Azul apresentaram uma valorização significativa nesta quinta-feira (9), impulsionadas por rumores de que suas controladoras estão em negociações avançadas para a assinatura de um memorando de entendimento. O documento, que pode abrir caminho para uma fusão entre as empresas, foi noticiado por fontes do setor.

As ações da Gol, por exemplo, registraram um aumento de 9,03%, alcançando R$ 1,69, enquanto os papéis da Azul subiram 0,95%, cotados a R$ 4,25. Apesar de a Azul ter atingido um pico de R$ 4,56 durante o dia, o fechamento ainda representa uma alta considerável.

De acordo com informações veiculadas pelo jornal Valor Econômico, o memorando de entendimento está sendo estruturado para discutir os termos de uma possível fusão, que poderia resultar em uma companhia aérea de maior escala no Brasil. A expectativa é de que o documento seja assinado nas próximas semanas, embora ainda existam diversas condicionantes a serem atendidas antes da concretização do acordo.

Entre os desafios que podem atrasar as negociações está a recuperação judicial da Gol nos Estados Unidos, que está em andamento desde o mês passado. A situação financeira delicada das companhias aéreas brasileiras, agravada pela pandemia, tem gerado incertezas sobre a viabilidade de uma fusão.

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Analistas do mercado, como os da Genial Investimentos, destacam que a fusão poderia trazer mudanças significativas para o setor aéreo nacional, mas alertam que os balanços financeiros das empresas ainda são frágeis e que a regulação do setor pode complicar as tratativas.

O Bradesco BBI, por sua vez, acredita que a união das duas empresas poderia desbloquear sinergias que ainda não estão refletidas na avaliação atual da Azul. A combinação das operações poderia resultar em uma redução de custos e uma maior eficiência operacional.

Recentemente, Gol e Azul também chegaram a um acordo com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e a Receita Federal para regularizar dívidas tributárias que somavam R$ 7,5 bilhões. A Gol conseguiu reorganizar R$ 5,5 bilhões em dívidas, reduzindo o montante para R$ 880 milhões, enquanto a Azul diminuiu suas obrigações de R$ 2,5 bilhões para R$ 1,1 bilhão.

Ambas as companhias ofereceram garantias na operação, incluindo slots aeroportuários e contratos com o Poder Público, o que demonstra um esforço para estabilizar suas operações financeiras e facilitar futuras negociações.

O cenário atual do mercado aéreo brasileiro, com a possibilidade de fusões e reestruturações, continua a atrair a atenção de investidores e analistas, que aguardam desdobramentos sobre as negociações entre Gol e Azul nos próximos dias.

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