Ministério da Fazenda solicita investigação da PF sobre uso indevido do CPF de Haddad
Dados pessoais do ministro estariam sendo compartilhados em grupos de WhatsApp na Bahia sem consentimento.
O Ministério da Fazenda formalizou um pedido à Polícia Federal (PF) para investigar o compartilhamento indevido do CPF do ministro Fernando Haddad. A solicitação foi feita após denúncias recebidas pela pasta, que indicam que o dado pessoal do ministro está sendo disseminado em grupos de aplicativos de mensagem, especialmente na Bahia.
De acordo com informações, uma pessoa identificada apenas como “Rubinho” estaria utilizando o CPF de Haddad para sugerir que o número fosse empregado como forma de identificação em compras e serviços que exigem a identificação do cliente. A prática é considerada grave, pois ocorre sem o consentimento do titular dos dados.
O ofício enviado à PF, datado de 16 de janeiro de 2025, foi direcionado ao delegado Eder Rosa de Magalhães, coordenador-geral de Proteção Preventiva da corporação. O Ministério da Fazenda argumenta que o uso indevido do CPF do ministro configura uma tentativa de crime contra a ordem tributária e fiscal.
A situação se agrava em meio a um contexto de desinformação que circula nas redes sociais, especialmente sobre a norma da Receita Federal que ampliava a fiscalização sobre transações financeiras, incluindo o sistema Pix. Essa norma foi revogada pelo governo em 15 de janeiro, após a repercussão negativa e a disseminação de notícias falsas que geraram confusão e golpes no comércio.
Além do pedido de investigação, o Ministério da Fazenda também solicitou à PF que tome as medidas necessárias para proteger a segurança pessoal de Haddad, considerando a gravidade da situação. O governo está monitorando as menções nas redes sociais que envolvem o compartilhamento do CPF do ministro, avaliando se novos pedidos de investigação são necessários.
O uso indevido de dados pessoais é uma questão que vem ganhando destaque no Brasil, especialmente com o aumento da digitalização e do uso de aplicativos de mensagens. A proteção de informações pessoais se tornou uma prioridade, e casos como o de Haddad levantam preocupações sobre a segurança e privacidade dos cidadãos.
O Ministério da Fazenda, por sua vez, se compromete a acompanhar de perto a investigação e a tomar as providências necessárias para garantir que situações semelhantes não se repitam. A expectativa é que a PF atue rapidamente para identificar o responsável pelo compartilhamento indevido do CPF e tomar as medidas cabíveis.
O caso de Fernando Haddad não é isolado, e reflete um problema maior de vazamento de dados e uso indevido de informações pessoais que afeta diversos cidadãos brasileiros. A legislação sobre proteção de dados no país busca coibir essas práticas, mas a efetividade das ações de fiscalização e punição ainda é um desafio.
Com a crescente preocupação sobre a segurança de dados, a sociedade aguarda um posicionamento claro das autoridades sobre como pretendem lidar com casos de vazamento e uso indevido de informações pessoais, especialmente em um contexto onde a tecnologia avança rapidamente.
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