Dados pessoais do ministro estariam sendo compartilhados em grupos de WhatsApp na Bahia sem consentimento.
16 de Janeiro de 2025 às 17h29

Ministério da Fazenda solicita investigação da PF sobre uso indevido do CPF de Haddad

Dados pessoais do ministro estariam sendo compartilhados em grupos de WhatsApp na Bahia sem consentimento.

O Ministério da Fazenda formalizou um pedido à Polícia Federal (PF) para investigar o compartilhamento indevido do CPF do ministro Fernando Haddad. A solicitação foi feita após denúncias recebidas pela pasta, que indicam que o dado pessoal do ministro está sendo disseminado em grupos de aplicativos de mensagem, especialmente na Bahia.

De acordo com informações, uma pessoa identificada apenas como “Rubinho” estaria utilizando o CPF de Haddad para sugerir que o número fosse empregado como forma de identificação em compras e serviços que exigem a identificação do cliente. A prática é considerada grave, pois ocorre sem o consentimento do titular dos dados.

O ofício enviado à PF, datado de 16 de janeiro de 2025, foi direcionado ao delegado Eder Rosa de Magalhães, coordenador-geral de Proteção Preventiva da corporação. O Ministério da Fazenda argumenta que o uso indevido do CPF do ministro configura uma tentativa de crime contra a ordem tributária e fiscal.

A situação se agrava em meio a um contexto de desinformação que circula nas redes sociais, especialmente sobre a norma da Receita Federal que ampliava a fiscalização sobre transações financeiras, incluindo o sistema Pix. Essa norma foi revogada pelo governo em 15 de janeiro, após a repercussão negativa e a disseminação de notícias falsas que geraram confusão e golpes no comércio.

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Além do pedido de investigação, o Ministério da Fazenda também solicitou à PF que tome as medidas necessárias para proteger a segurança pessoal de Haddad, considerando a gravidade da situação. O governo está monitorando as menções nas redes sociais que envolvem o compartilhamento do CPF do ministro, avaliando se novos pedidos de investigação são necessários.

O uso indevido de dados pessoais é uma questão que vem ganhando destaque no Brasil, especialmente com o aumento da digitalização e do uso de aplicativos de mensagens. A proteção de informações pessoais se tornou uma prioridade, e casos como o de Haddad levantam preocupações sobre a segurança e privacidade dos cidadãos.

O Ministério da Fazenda, por sua vez, se compromete a acompanhar de perto a investigação e a tomar as providências necessárias para garantir que situações semelhantes não se repitam. A expectativa é que a PF atue rapidamente para identificar o responsável pelo compartilhamento indevido do CPF e tomar as medidas cabíveis.

O caso de Fernando Haddad não é isolado, e reflete um problema maior de vazamento de dados e uso indevido de informações pessoais que afeta diversos cidadãos brasileiros. A legislação sobre proteção de dados no país busca coibir essas práticas, mas a efetividade das ações de fiscalização e punição ainda é um desafio.

Com a crescente preocupação sobre a segurança de dados, a sociedade aguarda um posicionamento claro das autoridades sobre como pretendem lidar com casos de vazamento e uso indevido de informações pessoais, especialmente em um contexto onde a tecnologia avança rapidamente.

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