Considerado 'presidente eleito' da Venezuela, Gonzáles Urrutia é convidado pelos EUA após não reconhecimento da reeleição de Maduro.
16 de Janeiro de 2025 às 21h16

Opositor venezuelano Edmundo Gonzáles Urrutia comparecerá à posse de Trump em janeiro

Considerado 'presidente eleito' da Venezuela, Gonzáles Urrutia é convidado pelos EUA após não reconhecimento da reeleição de Maduro.

Edmundo Gonzáles Urrutia, um dos principais líderes da oposição venezuelana e considerado pelos Estados Unidos como o "presidente eleito" da Venezuela, confirmou sua presença na posse do presidente Donald Trump, marcada para o dia 20 de janeiro em Washington. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (16) pela equipe do opositor.

Gonzáles Urrutia retorna à capital americana duas semanas após uma visita à Casa Branca, onde se reuniu com o então presidente Joe Biden, membros do Congresso e representantes da futura administração. Durante essa reunião, foram discutidos temas relacionados à situação política da Venezuela e o apoio dos EUA à causa democrática no país sul-americano.

Em um comunicado oficial, os Estados Unidos reafirmaram seu apoio à oposição venezuelana, afirmando que "como grandes aliados da causa democrática, convidaram o legítimo presidente da Venezuela, Edmundo Gonzáles Urrutia", que já confirmou sua participação na cerimônia de posse.

No próximo fim de semana, o opositor viajará para Washington, onde espera se encontrar com outros membros da nova administração de Trump, em um momento crucial para a política venezuelana.

Atualmente, Gonzáles Urrutia, que recebeu asilo na Espanha, está na Costa Rica como parte de uma turnê internacional que o levou a países como Argentina, Uruguai, Panamá, República Dominicana e Guatemala, além dos Estados Unidos.

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Recentemente, Nicolás Maduro tomou posse para um terceiro mandato consecutivo de seis anos (2025-2031), após ser declarado reeleito nas eleições presidenciais de 28 de julho, um resultado que Gonzáles Urrutia contesta, alegando ter vencido o pleito.

A oposição venezuelana divulgou cópias das atas de votação, que segundo eles, comprovam a vitória de Gonzáles Urrutia com mais de 70% dos votos. Entretanto, o Conselho Nacional Eleitoral, acusado de ser um instrumento de Maduro, ainda não publicou os resultados detalhados, conforme exige a legislação.

Tanto Biden quanto Trump referiram-se a Gonzáles Urrutia como "presidente eleito", reforçando a posição dos EUA em não reconhecer a legitimidade do governo de Maduro.

Embora tenha prometido retornar à Venezuela para assumir o poder, analistas consideram que esse plano é improvável no momento, dada a situação política e de segurança no país.

Os Estados Unidos, que não mantêm relações diplomáticas com a Venezuela desde 2019, classificaram o novo mandato de Maduro como uma "farsa" e oferecem uma recompensa de 25 milhões de dólares por informações que levem à sua captura.

O secretário de Estado Antony Blinken afirmou que Maduro não tem "direito a reivindicar a presidência", enquanto Marco Rubio, provável sucessor de Blinken, declarou que a Venezuela "é governada por uma organização do narcotráfico". Rubio também indicou que o modelo de licenças petrolíferas adotado durante o governo Biden será "reavaliado", em meio ao embargo vigente desde 2019, que foi implementado durante o primeiro mandato de Trump.

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