EUA reconhecem Edmundo Gonzáles Urrutia como 'presidente legítimo' da Venezuela
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, conversou com Gonzáles Urrutia e a opositora Marília Corina Machado.
Na quarta-feira (22), o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, reconheceu Edmundo Gonzáles Urrutia como o “presidente legítimo” da Venezuela durante uma conversa com a líder da oposição, Marília Corina Machado. A declaração foi feita pela porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce.
Rubio elogiou a coragem do povo venezuelano diante da repressão imposta pelo governo de Nicolás Maduro e seus aliados. Em comunicado, a porta-voz destacou que o secretário reafirmou o compromisso dos Estados Unidos com a restauração da democracia na Venezuela e a libertação imediata de todos os prisioneiros políticos.
Gonzáles Urrutia, que se autodenomina presidente após contestar a reeleição de Maduro, expressou sua gratidão pela conversa com Rubio, afirmando que isso demonstra a prioridade que a Venezuela ocupa na agenda dos EUA. “Seu apoio é um impulso crucial”, escreveu ele em sua conta na rede social X.
A líder da oposição, Marília Corina Machado, também comentou sobre a importância do apoio americano, ressaltando que a transição para a democracia é vital para a estabilidade regional e a segurança do hemisfério. Ela declarou que “sabemos que contamos com nossos aliados estratégicos” e que a situação política da Venezuela é uma preocupação não apenas local, mas de toda a América Latina.
Durante a conversa, Rubio e os opositores comunicaram a determinação dos venezuelanos em buscar a liberdade e a volta à democracia. Eles enfatizaram a relevância do apoio internacional nesse processo, destacando que a pressão externa é fundamental para a mudança no país.
Marco Rubio, senador da Flórida e um dos principais críticos do governo Maduro, já havia se posicionado contra a administração anterior de Joe Biden, que ele acusou de negociar com um governo que considera ilegítimo. Ele também criticou as sanções impostas por Biden, que, segundo ele, não foram eficazes em provocar a queda de Maduro.
Rubio, que tem um histórico de interesse pela América Latina, foi um dos primeiros a apoiar Gonzáles Urrutia após sua autoproclamação. Ele afirmou que a Venezuela é controlada por um “narcogoverno” e que a política externa dos EUA sob sua liderança será firmemente contrária a regimes autoritários na região.
O reconhecimento de Gonzáles Urrutia como presidente legítimo ocorre em um momento crítico para a Venezuela, que enfrenta uma grave crise política e humanitária. A oposição, que já havia declarado o governo Maduro como ilegítimo, vê esse apoio dos EUA como uma oportunidade para galvanizar esforços em prol da democracia no país sul-americano.
Rubio também indicou que revisará as licenças concedidas a empresas como a Chevron, que operam na Venezuela, argumentando que esses acordos beneficiam o regime de Maduro. Ele afirmou que “tudo isso precisa ser reexplorado” para garantir que os interesses dos Estados Unidos e dos cidadãos venezuelanos sejam priorizados.
O novo governo dos EUA, sob a liderança de Donald Trump, promete uma abordagem mais rigorosa em relação à Venezuela, buscando pressionar Maduro e seus aliados. A conversa entre Rubio, Gonzáles Urrutia e Machado marca um novo capítulo nas relações bilaterais entre os dois países, com a expectativa de que os EUA intensifiquem seu apoio à oposição venezuelana.
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