O presidente eleito dos EUA manifestou apoio a María Corina Machado e Edmundo González após prisão relâmpago da ativista.
10 de Janeiro de 2025 às 08h39

Trump defende segurança de opositores de Maduro após prisão de María Corina

O presidente eleito dos EUA manifestou apoio a María Corina Machado e Edmundo González após prisão relâmpago da ativista.

A recente prisão relâmpago de María Corina Machado, uma das principais líderes da oposição ao governo de Nicolás Maduro na Venezuela, gerou reações internacionais, incluindo uma declaração do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Em um post na rede social Truth Social, Trump expressou preocupação com a segurança de Machado e de Edmundo González, reconhecendo-os como defensores da liberdade e da democracia na Venezuela.

Trump afirmou que tanto Machado quanto González estão “expressando pacificamente as vozes e a vontade do povo venezuelano”, em meio a grandes manifestações contra o regime de Maduro. O presidente eleito dos EUA destacou que “esses lutadores pela liberdade não devem ser feridos e devem permanecer seguros e vivos”.

A prisão de María Corina ocorreu no dia 9 de janeiro, um dia antes da posse presidencial de Maduro para seu terceiro mandato. Ela foi detida ao deixar uma manifestação no bairro de Chacao, em Caracas, mas foi libertada algumas horas depois, segundo informações do grupo opositor Comando ConVzla.

O grupo denunciou que a ativista foi interceptada por forças de segurança enquanto participava de protestos, e a situação gerou uma onda de indignação entre os opositores do governo. A libertação de Machado foi celebrada, mas a tensão política na Venezuela permanece alta, especialmente com a posse iminente de Maduro.

Edmundo González, que também é um importante nome da oposição, estava em asilo político na Espanha e anunciou que retornaria à Venezuela para assumir a presidência, apesar de estar sendo procurado pela Justiça. Ele expressou sua gratidão a Trump pelo apoio e reafirmou sua intenção de comparecer à cerimônia de posse no Palácio de Miraflores.

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“Às forças de segurança que a sequestraram eu digo: não brinquem com fogo”, declarou González em suas redes sociais, referindo-se à detenção de Machado. Ele ressaltou a determinação da oposição em continuar lutando pela liberdade e pelos direitos do povo venezuelano.

A situação na Venezuela se agrava com a convocação de protestos tanto pela oposição quanto pelo governo, aumentando a tensão no país. O governo argentino, sob a liderança de Javier Milei, manifestou “extrema preocupação” em relação à detenção de Machado, enquanto o governo do Panamá também se posicionou contra a ação.

María Corina Machado, de 57 anos, é uma figura proeminente na oposição venezuelana desde o governo de Hugo Chávez. Ela já enfrentou diversas adversidades políticas e foi uma das principais vozes contra o regime de Maduro. Sua trajetória inclui a fundação de uma ONG e a participação em manifestações significativas ao longo dos anos.

Edmundo González, por sua vez, é um ex-diplomata que atuou como embaixador da Venezuela na Argélia e na Argentina. Sua escolha como candidato da oposição se deu em um momento crítico, após Machado ser impedida de se candidatar. Apesar de ter sido declarado derrotado nas eleições, ele é reconhecido por vários países como o vencedor legítimo.

A tensão política na Venezuela continua a ser um tema de preocupação internacional, com a comunidade global observando atentamente os desdobramentos e as ações do governo de Maduro em relação à oposição.

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