Edmundo González pede libertação de María Corina após prisão na Venezuela
Líder opositor exige a libertação imediata de sua aliada, María Corina Machado, detida em protesto contra o regime de Maduro.
O líder opositor venezuelano Edmundo González Urrutia, que reivindica a vitória nas últimas eleições presidenciais, clamou pela libertação imediata de María Corina Machado, após sua detenção em um protesto em Caracas nesta quinta-feira (9).
A oposição denunciou que Machado foi presa após participar de uma manifestação e que disparos foram feitos contra ela durante a abordagem policial. González, que se considera o presidente eleito da Venezuela, afirmou: “Às forças de segurança que a sequestraram eu digo: não brinquem com fogo”.
María Corina Machado, uma proeminente líder antichavista, havia feito sua primeira aparição pública em cinco meses antes de sua prisão, discursando para manifestantes na região de Chacao, em Caracas. O partido de Machado, Comando ConVzla, relatou que membros do regime de Nicolás Maduro atacaram as motos que a transportavam, resultando em sua detenção.
“María Corina foi interceptada violentamente ao sair da concentração em Chacao”, publicou o partido em suas redes sociais, destacando a brutalidade da ação policial.
González, que está em visita à República Dominicana, prometeu retornar a Caracas para tomar posse como presidente no dia 10 de janeiro. Ele deixou a Venezuela em setembro e se asilou na Espanha, temendo represálias do regime de Maduro, que o acusou de fomentar conspirações contra o governo.
As eleições presidenciais realizadas em 28 de julho foram amplamente contestadas. Enquanto a autoridade eleitoral, controlada por aliados de Maduro, declarou a vitória do ditador, a oposição afirma que González venceu com uma margem esmagadora. O partido opositor apresentou atas eleitorais como prova de sua vitória, recebendo apoio internacional, incluindo dos Estados Unidos.
O governo de Maduro, que tem sido acusado de reprimir a oposição e de violar direitos humanos, afirmou que prenderá González caso ele retorne ao país. A situação política na Venezuela continua tensa, com a oposição clamando por liberdade e justiça diante de um regime que se recusa a entregar o poder.
O apelo de González pela libertação de Machado reflete a crescente indignação contra a repressão do regime de Maduro e a luta contínua da oposição pela democracia na Venezuela.
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