Biden se reúne com Edmundo González na Casa Branca para discutir Venezuela
Presidente eleito da Venezuela terá encontros com autoridades americanas em Washington
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, recebeu nesta segunda-feira, 6, o presidente eleito da Venezuela, Edmundo González Urrutia, na Casa Branca, em Washington. A reunião ocorre a poucos dias da posse do atual presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que está marcada para o próximo dia 10.
Durante o encontro, Biden e González discutiram possíveis soluções para a crise política e humanitária que aflige a Venezuela. A situação no país sul-americano, que enfrenta uma grave escassez de alimentos e medicamentos, foi um dos principais tópicos abordados pelos líderes.
Além da reunião com Biden, a agenda de González inclui encontros com membros do alto escalão do governo americano, visando fortalecer o apoio internacional à oposição venezuelana. O grupo de oposição, conhecido como Comando Con Venezuela, expressou otimismo em relação à visita, destacando a importância do apoio dos Estados Unidos na luta pela democracia no país.
Em uma declaração, González afirmou: “Caminho para a liberdade. Nosso presidente eleito, Edmundo González, será recebido esta segunda-feira, 6 de janeiro, pelo presidente dos Estados Unidos, Joseph Biden, na Casa Branca. Viva a liberdade!”
Na sua turnê pela América Latina, González já se reuniu com outros líderes regionais, incluindo o presidente da Argentina, Javier Milei, e o presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou. O objetivo dessas reuniões é angariar apoio para a destituição de Maduro, que é considerado por muitos como um ditador.
O contexto da visita de González é marcado pela polarização política na Venezuela, onde a oposição busca reverter os efeitos de anos de governo chavista. O novo presidente eleito, que se autodenomina o verdadeiro representante do povo venezuelano, enfrenta o desafio de consolidar seu governo em um cenário de forte repressão e controle por parte do regime de Maduro.
González também fez um apelo aos militares venezuelanos, pedindo que respeitem a vontade popular e ajudem na transição para um governo democrático. “De acordo com a Constituição de 1999, promovida por Hugo Chávez, em 10 de janeiro, pela vontade soberana do povo venezuelano, devo assumir o papel de comandante-em-chefe”, declarou em um vídeo divulgado nas redes sociais.
A expectativa é que a visita de González a Washington traga novas esperanças para a oposição venezuelana, que luta para retomar a democracia no país. Contudo, a situação permanece tensa, com Maduro se preparando para assumir seu terceiro mandato, o que pode intensificar ainda mais a crise política.
Enquanto isso, a comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos da situação na Venezuela, com muitos países já reconhecendo González como o legítimo presidente eleito. A pressão sobre o regime de Maduro aumenta, e a expectativa é que novas ações sejam tomadas para apoiar a oposição.
A reunião entre Biden e González representa um passo significativo na busca por soluções para a crise venezuelana, e as próximas semanas serão cruciais para o futuro político do país.
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