Presidente eleito da Venezuela terá encontros com autoridades americanas em Washington
06 de Janeiro de 2025 às 18h24

Biden se reúne com Edmundo González na Casa Branca para discutir Venezuela

Presidente eleito da Venezuela terá encontros com autoridades americanas em Washington

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, recebeu nesta segunda-feira, 6, o presidente eleito da Venezuela, Edmundo González Urrutia, na Casa Branca, em Washington. A reunião ocorre a poucos dias da posse do atual presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que está marcada para o próximo dia 10.

Durante o encontro, Biden e González discutiram possíveis soluções para a crise política e humanitária que aflige a Venezuela. A situação no país sul-americano, que enfrenta uma grave escassez de alimentos e medicamentos, foi um dos principais tópicos abordados pelos líderes.

Além da reunião com Biden, a agenda de González inclui encontros com membros do alto escalão do governo americano, visando fortalecer o apoio internacional à oposição venezuelana. O grupo de oposição, conhecido como Comando Con Venezuela, expressou otimismo em relação à visita, destacando a importância do apoio dos Estados Unidos na luta pela democracia no país.

Em uma declaração, González afirmou: “Caminho para a liberdade. Nosso presidente eleito, Edmundo González, será recebido esta segunda-feira, 6 de janeiro, pelo presidente dos Estados Unidos, Joseph Biden, na Casa Branca. Viva a liberdade!”

Na sua turnê pela América Latina, González já se reuniu com outros líderes regionais, incluindo o presidente da Argentina, Javier Milei, e o presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou. O objetivo dessas reuniões é angariar apoio para a destituição de Maduro, que é considerado por muitos como um ditador.

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O contexto da visita de González é marcado pela polarização política na Venezuela, onde a oposição busca reverter os efeitos de anos de governo chavista. O novo presidente eleito, que se autodenomina o verdadeiro representante do povo venezuelano, enfrenta o desafio de consolidar seu governo em um cenário de forte repressão e controle por parte do regime de Maduro.

González também fez um apelo aos militares venezuelanos, pedindo que respeitem a vontade popular e ajudem na transição para um governo democrático. “De acordo com a Constituição de 1999, promovida por Hugo Chávez, em 10 de janeiro, pela vontade soberana do povo venezuelano, devo assumir o papel de comandante-em-chefe”, declarou em um vídeo divulgado nas redes sociais.

A expectativa é que a visita de González a Washington traga novas esperanças para a oposição venezuelana, que luta para retomar a democracia no país. Contudo, a situação permanece tensa, com Maduro se preparando para assumir seu terceiro mandato, o que pode intensificar ainda mais a crise política.

Enquanto isso, a comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos da situação na Venezuela, com muitos países já reconhecendo González como o legítimo presidente eleito. A pressão sobre o regime de Maduro aumenta, e a expectativa é que novas ações sejam tomadas para apoiar a oposição.

A reunião entre Biden e González representa um passo significativo na busca por soluções para a crise venezuelana, e as próximas semanas serão cruciais para o futuro político do país.

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