Deolira Glicéria Pedro da Silva, de 119 anos, busca título de pessoa mais velha do mundo
A bisavó carioca se aproxima de seu 120º aniversário e reivindica reconhecimento do Guinness World Records
Deolira Glicéria Pedro da Silva, uma bisavó de 119 anos, reside em Itaperuna, no estado do Rio de Janeiro, e está se apressando para ser reconhecida como a pessoa mais velha do mundo pelo Guinness World Records. A idosa, que complete 120 anos em 10 de março de 2025, alega que seus documentos comprovam sua idade, a qual superaria a da atual detentora do título, a freira Inah Canabarro Lucas, de 116 anos, natural do Rio Grande do Sul.
A família de Deolira, junto ao seu médico, está confiante de que ela será oficialmente reconhecida como a pessoa mais velha do planeta. Doroteia Ferreira da Silva, neta de Deolira, afirma: “Ela não está no livro, mas é a mais velha do mundo, de acordo com os documentos que temos, como descobri recentemente”.
Deolira nasceu em 10 de março de 1905, na zona rural de Porciúncula, uma pequena cidade fluminense. Atualmente, vive em uma casa colorida em Itaperuna, onde é assistida por suas netas, Doroteia, de 60 anos, e Leida Ferreira da Silva, de 64 anos.
Com o interesse de pesquisadores e médicos, Deolira recebe acompanhamento para entender como conseguiu viver mais de quatro décadas acima da expectativa de vida média no Brasil, que é de 76,4 anos. O geriatra Juair de Abreu Pereira, que a atende, destaca: “A dona Deolira está em bom estado de saúde para sua idade, sem necessidade de medicamentos”.
No entanto, um desafio se apresenta: muitos documentos de Deolira foram perdidos em enchentes que atingiram a região há quase 20 anos, o que pode dificultar seu reconhecimento oficial.
Mesmo com a ausência de dados precisos, o pesquisador Mateus Vidigal, da Universidade de São Paulo, afirma que a idosa certamente ultrapassa a marca de 100 anos. “A dona Deolira não foi excluída do estudo, mas enfrenta a fragilidade da falta de documentação aprovada por instituições”, diz.
A longevidade de Deolira é atribuída à sua alimentação saudável e bons hábitos de sono. Ela ainda mantém bons laços familiares e tem uma predileção por bananas.
“Eu gostaria de chegar à idade dela assim”, expressa sua neta Leida. “Enquanto temos pressão alta e diabetes, ela não tem nada disso”, completa, ressaltando a saúde da avó.
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