Governador de Minas Gerais, Romeu Zema, responde a críticas do ministro Fernando Haddad sobre a renegociação das dívidas estaduais.
17 de Janeiro de 2025 às 15h42

Zema critica Haddad e defende Minas Gerais em meio a renegociação de dívidas

Governador de Minas Gerais, Romeu Zema, responde a críticas do ministro Fernando Haddad sobre a renegociação das dívidas estaduais.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), fez uma contundente defesa de sua gestão ao responder às críticas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), em relação aos vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados (Propag). Zema afirmou que essas decisões prejudicam diretamente os mineiros e comprometeram as finanças do estado.

Em declarações postadas nas redes sociais, Zema rebateu a acusação de Haddad de que ele não estaria sendo transparente nas negociações do programa. O governador destacou que, pelo quarto ano consecutivo, Minas Gerais conseguiu zerar seu déficit fiscal e já pagou mais de R$ 8 bilhões à União. “O exemplo tem que partir de cima”, enfatizou Zema.

O governador também criticou a “mutilação” do texto aprovado, que, segundo ele, impõe custos adicionais ao estado. Zema argumentou que, enquanto o governo federal mantém 39 ministérios e realiza viagens luxuosas, os estados enfrentam dificuldades financeiras. Ele mencionou ainda a aplicação de sigilo de 100 anos sobre o cartão do presidente, sugerindo falta de transparência nas contas do governo federal.

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Mais cedo, Haddad havia criticado Zema por ter sancionado um aumento de quase 300% em seu próprio salário, mesmo durante a vigência do Regime de Recuperação Fiscal. O ministro também afirmou que a proposta inicial de Zema para renegociar a dívida era inferior ao texto final sancionado por Lula.

Em resposta, Zema sugeriu que Minas Gerais não deve aderir ao Propag caso os vetos não sejam derrubados pelo Congresso. Apesar disso, o vice-governador Mateus Simões (Novo) garantiu que a adesão ao programa ocorrerá, mas somente em 2026.

O programa, sancionado por Lula, oferece condições como a redução de juros e o parcelamento das dívidas estaduais em até 30 anos, mas exige que os estados destinem recursos a áreas prioritárias, como saúde e educação. Essa exigência tem gerado críticas entre os governadores da oposição, que afirmam que os vetos limitam os benefícios esperados.

As dívidas acumuladas pelos estados brasileiros ultrapassam R$ 800 bilhões. Diante das críticas dos governadores, o presidente Lula chegou a chamá-los de “ingratos”, reafirmando que os débitos precisam ser pagos.

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