O locutor e apresentador estava internado no Hospital Rios D'Or devido a um tumor no pâncreas.
19 de Janeiro de 2025 às 16h12

Morre Léo Batista, ícone do jornalismo esportivo, aos 92 anos no Rio de Janeiro

O locutor e apresentador estava internado no Hospital Rios D'Or devido a um tumor no pâncreas.

Morreu neste domingo (19), aos 92 anos, Léo Batista, um dos mais respeitados jornalistas esportivos do Brasil. O locutor e apresentador estava internado no Hospital Rios D'Or, na Freguesia, Zona Oeste do Rio de Janeiro, desde o dia 6 de janeiro, quando foi diagnosticado com um tumor no pâncreas após apresentar um quadro de desidratação e dor abdominal.

Natural de Cordeirópolis, interior de São Paulo, Léo Batista, cujo nome de nascimento era João Baptista Bellinaso Neto, começou sua carreira no rádio aos 15 anos, trabalhando em um serviço de alto-falantes em sua cidade natal. Desde então, sua trajetória o levou a se tornar uma figura emblemática na televisão brasileira, especialmente na TV Globo, onde trabalhou por mais de 50 anos.

Reconhecido como “a voz marcante” do jornalismo, Léo conquistou o público com seu carisma e habilidade de comunicação. Ele foi um dos primeiros apresentadores do Globo Esporte, Jornal Hoje e Esporte Espetacular, além de ter sido o locutor que anunciou a morte do presidente Getúlio Vargas em 1954, um dos muitos momentos históricos que marcaram sua carreira.

Em 1970, Léo foi convidado a integrar a equipe da TV Globo para a cobertura da Copa do Mundo no México, onde se destacou e foi efetivado na emissora. Sua versatilidade o fez ser chamado de “coringa”, pois ele transitava com facilidade entre diferentes formatos de programas, do jornalismo esportivo ao entretenimento.

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A paixão pelo futebol e seu amor pelo Botafogo sempre foram evidentes em sua carreira. Léo Batista não apenas narrou jogos, mas também trouxe uma nova forma de consumir futebol através dos “Gols do Fantástico”, que revolucionaram a maneira como as pessoas acompanhavam os jogos.

O jornalista também se destacou por sua capacidade de adaptação às mudanças na mídia, sendo um dos primeiros a transitar entre rádio, televisão e internet, sempre com um olhar atento às inovações. Em entrevistas, Léo frequentemente falava sobre a importância de evoluir e se adaptar às novas realidades da comunicação.

Além de sua carreira brilhante, Léo Batista era conhecido por sua humildade e simplicidade. Ele frequentemente expressava gratidão por ter sido parte da vida de tantas pessoas através de seu trabalho. “Alguma contribuição eu deixei pelo caminho. Fico orgulhoso e contente pela sementinha plantada”, disse em uma de suas últimas entrevistas.

O jornalista deixa um legado inestimável para o jornalismo brasileiro e será lembrado por sua contribuição à comunicação e ao esporte no país. Léo Batista era viúvo desde 2022, quando sua esposa, Leyla Chavantes Belinaso, faleceu. O casal teve duas filhas, Cláudia e Mônica.

Seu falecimento marca o fim de uma era no jornalismo esportivo brasileiro, mas seu impacto e influência continuarão a ser sentidos por gerações de jornalistas e apaixonados por esportes.

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