Leonardo Rodrigues de Jesus, primo dos filhos de Jair Bolsonaro, é acusado de participação nos atos de 8 de janeiro de 2023.
22 de Janeiro de 2025 às 09h34

PGR denuncia Léo Índio por tentativa de golpe de Estado e outros crimes em Brasília

Leonardo Rodrigues de Jesus, primo dos filhos de Jair Bolsonaro, é acusado de participação nos atos de 8 de janeiro de 2023.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou uma denúncia contra Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, primo dos filhos mais velhos do ex-presidente Jair Bolsonaro. A denúncia foi protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF) e inclui acusações graves, como tentativa de golpe de Estado, associação criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Os atos antidemocráticos que levaram à denúncia ocorreram em 8 de janeiro de 2023, quando extremistas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília. Léo Índio foi identificado como um dos participantes, tendo publicado imagens de sua atuação nas redes sociais, onde aparece em cima do Congresso Nacional e próximo ao Supremo Tribunal Federal.

De acordo com a PGR, as evidências coletadas demonstram que Léo Índio teve um papel ativo nos eventos que visavam desestabilizar as instituições democráticas. Ele é acusado de ter atuado como incitador e executor durante os ataques, contribuindo deliberadamente para os crimes cometidos pelo grupo que promoveu os atos de 8 de janeiro.

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As acusações contra Léo Índio incluem:

  • Associação criminosa armada;
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • Golpe de Estado;
  • Dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, com considerável prejuízo para a vítima;
  • Deterioração de patrimônio tombado.

Em uma das postagens que geraram repercussão, Léo Índio aparece com os olhos vermelhos, alegando que o desconforto foi causado pelo gás lacrimogêneo utilizado pela Polícia Militar durante os confrontos.

A denúncia, que está sob sigilo, foi baseada em investigações conduzidas pela Operação Lesa Pátria, que apura a organização e o financiamento dos atos golpistas. A PGR afirma que há provas suficientes para sustentar as acusações, e agora cabe ao STF decidir se aceita ou rejeita a denúncia.

Se a denúncia for aceita, Léo Índio se tornará réu e enfrentará um processo penal que incluirá a coleta de provas e a realização de depoimentos. O desfecho desse processo determinará se ele será condenado ou absolvido das acusações que lhe são imputadas.

O caso de Léo Índio é emblemático, pois envolve um membro da família de um ex-presidente em um contexto de grave crise política, refletindo as tensões que ainda permeiam a sociedade brasileira após os eventos de 8 de janeiro. A participação de figuras ligadas a Jair Bolsonaro nas manifestações levanta discussões sobre a responsabilidade e o papel de líderes políticos em instigar ou coibir atos de violência e desrespeito às instituições democráticas.