O País alcançou 52,2 GW de potência solar acumulada, com 14,3 GW adicionados em um único ano.
19 de Janeiro de 2025 às 17h57

Brasil registra recorde histórico na instalação de energia solar em 2024

O País alcançou 52,2 GW de potência solar acumulada, com 14,3 GW adicionados em um único ano.

Em 2024, o Brasil alcançou um marco significativo na geração de energia solar, com a instalação de 14,3 gigawatts (GW) de novos sistemas, conforme relatório da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Com isso, a potência operacional acumulada do País atingiu 52,2 GW, consolidando a energia solar como uma das principais fontes renováveis na matriz energética nacional.

A evolução deste setor reflete um aumento de 30% nos investimentos em comparação ao ano anterior, totalizando R$ 54,9 bilhões. Este montante inclui desde pequenas instalações em telhados de residências e estabelecimentos comerciais até grandes usinas solares.

O crescimento de 14,3 GW superou as expectativas da Absolar, que previa um aumento de 9,3 GW para o ano passado. Antes de 2024, o ano com maior crescimento havia sido 2023, com 12,47 GW adicionados à matriz solar. Para o ano atual, a entidade projeta um avanço de 12,5 GW, o que poderia levar a energia solar a alcançar 64,7 GW.

O destaque de 2024 foi a geração distribuída, que contribuiu com 8,7 GW, refletindo a tendência crescente de consumidores que optam por instalar painéis solares em suas propriedades. Este modelo permite que indivíduos e empresas reduzam suas contas de energia elétrica ao gerar sua própria eletricidade.

- CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE -

Por outro lado, a geração centralizada, que é realizada em grandes usinas, adicionou 5,7 GW ao sistema. Essas usinas são geralmente construídas em áreas extensas, como campos ou represas, e visam a comercialização de energia em larga escala.

Atualmente, o Brasil conta com mais de 3,1 milhões de sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, beneficiando cerca de 4,6 milhões de unidades consumidoras. A energia gerada por esses sistemas pode ser compartilhada entre diferentes pontos de consumo, através de créditos na rede elétrica.

Dos 52,2 GW de potência instalada, 67,3% correspondem à geração distribuída, enquanto a geração centralizada representa 32,7%. A energia solar já responde por 21,3% da matriz energética brasileira, posicionando-se como a segunda maior fonte, atrás apenas da hidrelétrica. A Absolar informa que as grandes usinas estão operando em 26 estados do Brasil.

Apesar do crescimento expressivo, Ronaldo Koloszuk, presidente do conselho de administração da Absolar, ressalta que ainda há um vasto potencial a ser explorado. Atualmente, menos de 5% dos 93,2 milhões de consumidores de energia elétrica no Brasil utilizam a energia solar. Em comparação, na Austrália, esse número ultrapassa 33%. Koloszuk enfatiza a necessidade de continuar investindo em projetos que acelerem a descarbonização e ampliem o uso de fontes renováveis no País.

O avanço da energia solar no Brasil não apenas contribui para a diversificação da matriz energética, mas também representa uma oportunidade significativa para a redução das emissões de carbono e a promoção de um futuro mais sustentável.

Veja também:

Tópicos: