TikTok anuncia restauração de serviços nos EUA após apoio de Donald Trump
A rede social agradeceu ao presidente eleito por garantir a continuidade do aplicativo no país.
No último domingo, 19 de novembro, o TikTok anunciou que está em processo de restauração de seus serviços nos Estados Unidos, após uma interrupção temporária que ocorreu em decorrência de uma ordem judicial. A empresa agradeceu ao presidente eleito Donald Trump por fornecer as garantias necessárias para que seus provedores de serviços pudessem operar sem medo de penalidades.
Em um comunicado, o TikTok afirmou: “Em acordo com nossos provedores de serviço, estamos restaurando o serviço. Agradecemos ao presidente Trump por fornecer a clareza e a segurança necessárias para que nossos provedores não enfrentem penalidades ao oferecer TikTok para mais de 170 milhões de americanos e permitir que mais de 7 milhões de pequenas empresas prosperem.”
A interrupção do serviço ocorreu após uma decisão judicial que permitiu a aplicação de uma lei que exige que a empresa chinesa ByteDance, proprietária do TikTok, venda suas operações nos EUA a um comprador não chinês. A lei, que foi assinada pelo presidente Joe Biden, estabelece um prazo de nove meses para a venda, sob pena de proibição do aplicativo no país.
Donald Trump, que tomará posse na segunda-feira, 20, indicou que pretende emitir uma ordem executiva para estender o prazo de operação do TikTok, permitindo que a empresa busque um acordo que atenda às exigências legais. Em sua rede social, Truth Social, Trump declarou: “Quero que os Estados Unidos tenham 50% de participação em uma joint venture com os atuais ou novos proprietários do TikTok.”
O ex-presidente também afirmou que a ordem executiva confirmará que nenhuma empresa será responsabilizada por ajudar a manter o TikTok ativo antes de sua decisão. “Com a nossa aprovação, o TikTok vale centenas de bilhões de dólares – talvez trilhões”, acrescentou Trump.
Após a suspensão do serviço, o TikTok começou a voltar a funcionar em algumas plataformas, com usuários relatando acesso ao conteúdo por meio de navegadores. A empresa, em sua comunicação, também destacou que está comprometida em encontrar uma solução a longo prazo que mantenha o aplicativo nos Estados Unidos.
Apesar do retorno gradual do serviço, o aplicativo ainda não está disponível para download nas lojas da Apple e Google. A lei que proíbe o TikTok, que estava programada para entrar em vigor, permite ao presidente conceder uma extensão de 90 dias antes que a proibição seja efetivada, desde que certos critérios sejam atendidos.
Enquanto isso, a situação do TikTok nos EUA continua incerta, com alguns membros do Partido Republicano expressando dúvidas sobre a viabilidade das propostas de Trump. O porta-voz da Câmara, Mike Johnson, afirmou que a lei deve ser aplicada e que a interpretação do post de Trump sugere que ele está buscando uma verdadeira mudança de propriedade do aplicativo.
Os senadores Tom Cotton e Pete Ricketts também se manifestaram, celebrando a proibição e afirmando que não veem justificativa para qualquer extensão proposta por Trump. “Agora que a lei entrou em vigor, não há base legal para qualquer tipo de ‘extensão’ de sua data efetiva”, disseram em um comunicado conjunto.
O TikTok, por sua vez, reafirmou seu compromisso de trabalhar com Trump em uma solução que permita a continuidade de suas operações nos Estados Unidos, mas a situação permanece em constante evolução, com a pressão política e legal em torno do aplicativo aumentando.
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