Refém israelense Emily Damari fala sobre liberdade após cativeiro do Hamas: “Voltei a viver”
Após mais de 15 meses em cativeiro, Emily Damari expressa alegria ao retornar à vida normal.
A refém israelense-britânica Emily Damari, que passou mais de 15 meses em cativeiro nas mãos do Hamas, compartilhou sua primeira declaração após a libertação, ocorrida no último domingo (19). Em um post emocionado no Instagram, a jovem de 28 anos afirmou: “Agradeço a Deus, à minha família, aos meus pais e aos amigos mais próximos que tenho neste mundo. Voltei a viver”.
Damari, que foi sequestrada em 7 de outubro de 2023 durante um ataque do Hamas em sua cidade, Kfar Aza, expressou sua felicidade ao retomar a vida. “Sou a pessoa mais feliz do mundo simplesmente por existir”, acrescentou, revelando a intensidade de suas emoções após a libertação.
A jovem, que sofreu ferimentos durante o ataque, incluindo a perda de dois dedos, foi libertada em um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas. Juntamente com ela, outros dois reféns, Doron Steinbrecher, de 31 anos, e Romi Gonen, de 24, também foram soltos. Em contrapartida, Israel libertou 90 prisioneiros palestinos.
O momento da libertação foi descrito como “incrivelmente feliz” pela mãe de Emily, Mandy Damari. Em uma declaração, ela relatou: “Ontem, eu finalmente pude dar à Emily o abraço que sonhei”. Mandy ressaltou a importância de continuar a luta pela libertação dos outros reféns ainda em cativeiro.
No total, 251 pessoas foram sequestradas durante o ataque do Hamas, e 91 delas ainda permanecem em Gaza. Das sequestradas, 34 foram declaradas mortas, segundo informações do exército israelense.
A primeira fase do cessar-fogo, que terá duração de 42 dias, prevê a libertação de 33 reféns israelenses, sendo que 31 deles foram capturados durante o ataque de outubro. Em troca, Israel concordou em liberar cerca de 1.900 prisioneiros palestinos.
O conflito entre Israel e Hamas, que se intensificou após o ataque de outubro, resultou em uma resposta militar israelense na Faixa de Gaza, que causou a morte de mais de 46.900 pessoas, a maioria civis, conforme dados do Ministério da Saúde administrado pelo Hamas, considerados confiáveis pela ONU.
Emily Damari, que agora inicia sua recuperação, espera poder passar tempo com seus entes queridos enquanto se adapta à nova realidade após o cativeiro. Sua história é um lembrete da complexidade e da dor vividas por muitos em meio ao conflito.
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