O senador Marcos Pontes reafirma sua pré-candidatura ao Senado e critica a arrogância, sem citar Bolsonaro diretamente.
21 de Janeiro de 2025 às 11h15

Marcos Pontes critica arrogância e reafirma candidatura ao Senado após ataque de Bolsonaro

O senador Marcos Pontes reafirma sua pré-candidatura ao Senado e critica a arrogância, sem citar Bolsonaro diretamente.

O senador Marcos Pontes (PL-SP) se manifestou em resposta às críticas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e reafirmou sua pré-candidatura à presidência do Senado. Em uma publicação no X (antigo Twitter), Pontes destacou que “a arrogância pode fechar portas”, sem mencionar diretamente o nome de Bolsonaro.

No vídeo divulgado nesta terça-feira, 21, o senador afirmou: “Pessoas arrogantes acham que já sabem de tudo, que são melhores que os outros, desprezam opiniões e ignoram sentimentos”. A declaração ocorreu um dia após Bolsonaro classificar a candidatura de Pontes como “lamentável”.

O ex-presidente, que apoia Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para suceder Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na presidência do Senado, expressou sua insatisfação com a postura de Pontes. “Você sabe o que é correto. Seja íntegro”, finalizou o vídeo.

Na segunda-feira, 20, Bolsonaro criticou Pontes durante uma entrevista ao canal do YouTube AuriVerde Brasil, onde questionou a “disciplina” do ex-ministro da Ciência e Tecnologia e mencionou a importância de “honrar a palavra dada”. O ex-presidente lembrou que havia apoiado Pontes em São Paulo, em detrimento de outros candidatos, e se mostrou decepcionado com a atual situação.

- CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE -

Bolsonaro também minimizou as chances de Pontes na disputa pelo Senado, afirmando que ele estaria focado apenas em seus próprios interesses. “A única forma de nós sermos algo dentro do Senado e não sermos zumbis como somos hoje é tendo um candidato. Se não conseguimos ganhar o Rogério Marinho, que é um baita articulador, não vai ser com você agora”, disse Bolsonaro, que, apesar das críticas, desejou “boa sorte” à candidatura de Pontes.

Rogério Marinho, ex-ministro da gestão Bolsonaro, perdeu a eleição para a presidência do Senado em fevereiro de 2023 para Rodrigo Pacheco, por 49 votos a 32. Essa derrota não apenas custou ao PL a presidência da Casa, mas também resultou em um isolamento em todos os cargos na Mesa Diretora.

O Senado é uma prioridade para Jair Bolsonaro e sua base de apoio. No pleito de 2022, a sigla do ex-presidente elegeu a maior bancada de senadores do país. Naquela eleição, houve a renovação de um terço do Senado; na próxima votação, em 2026, cada estado elegerá dois novos senadores.

O PL tem como objetivo repetir o desempenho de 2022 nas próximas eleições e aumentar ainda mais sua representação na Casa. Entre as pautas que pretende aprovar estão o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e a anistia aos condenados do 8 de Janeiro.

Veja também:

Tópicos: