Senador Flávio Bolsonaro expressa descontentamento com lideranças que não seguem orientações do ex-presidente, citando perda de poder.
22 de Janeiro de 2025 às 17h27

Flávio Bolsonaro critica aliados que não seguem orientações do pai e exige lealdade

Senador Flávio Bolsonaro expressa descontentamento com lideranças que não seguem orientações do ex-presidente, citando perda de poder.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) manifestou sua indignação em uma recente publicação nas redes sociais, onde criticou aliados políticos que, segundo ele, não demonstram a lealdade esperada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O descontentamento surge em meio a tensões internas no partido e à crescente autonomia de figuras como o senador Marcos Pontes (PL-SP), que se lançou como candidato à presidência do Senado sem o respaldo da legenda.

Flávio descreveu como “estarrecedora” a atitude de lideranças que, segundo ele, surgiram “da própria costela” do pai, mas que não seguem suas orientações. “Quando vejo lideranças que não obedecem a orientações baseadas em experiência e conhecimento, fico estarrecido com a falta de consideração e a ignorância de como funciona o jogo do poder no Brasil”, afirmou o senador em sua conta no Twitter.

O senador ainda fez referência ao ex-ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, que, ao manter sua candidatura ao Senado, ignora a estratégia do partido de apoiar o nome de Davi Alcolumbre (União-AP) para o cargo. Flávio criticou Pontes, chamando sua postura de “lamentável” e alertou que a sigla poderia perder comissões se embarcasse na candidatura do astronauta.

As tensões no PL se intensificaram após a “bronca” pública que Jair Bolsonaro deu em Pontes, que se distanciou das diretrizes do partido. O ex-presidente expressou seu desagrado, afirmando que a candidatura de Pontes poderia comprometer o espaço do PL no Senado.

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Em meio a esse cenário, Flávio Bolsonaro também se dirigiu àqueles que consideram seu pai como “carta fora do baralho”, assegurando que “Deus dará uma segunda chance a Bolsonaro para governar o Brasil”. O ex-presidente, que enfrenta a inelegibilidade até 2030, continua a ser uma figura polarizadora no cenário político.

Além disso, Flávio mencionou a recente reunião entre o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e o ex-candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), em Washington. Durante o encontro, Ferreira foi chamado de “presidente do Brasil em 2034” por Marçal, uma referência ao potencial futuro do jovem deputado na política.

Enquanto isso, o cantor Gusttavo Lima também foi citado como uma possível figura a representar a direita nas próximas eleições, afirmando que se considera um candidato que não se alinha nem à direita nem à esquerda. Essa movimentação revela a busca por novos rostos e ideias dentro do espectro político que antes era dominado pela família Bolsonaro.

Flávio Bolsonaro, em suas declarações, parece estar ciente de que a hegemonia da família no cenário político pode estar em risco, e seu apelo por “fidelidade canina” a Jair Bolsonaro reflete um desejo de manter a coesão entre os aliados. A crítica a figuras como Marcos Pontes e Nikolas Ferreira demonstra a preocupação com a fragmentação de poder dentro do partido.

As declarações de Flávio e Jair Bolsonaro ocorrem em um momento crucial, onde a luta pela liderança e pela influência no PL se intensifica, e a necessidade de lealdade entre os aliados se torna cada vez mais evidente. O futuro político da família Bolsonaro e de seus aliados está em jogo, e as próximas semanas poderão definir novos rumos para essa dinâmica.

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