Marco Rubio reafirma apoio inabalável a Israel em diálogo com Netanyahu
O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, conversou com Benjamin Netanyahu e destacou a prioridade do apoio a Israel.
O novo chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Marco Rubio, reafirmou nesta quarta-feira (22) o “apoio firme” a Israel durante uma conversa por telefone com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. A ligação ocorreu em um momento delicado, em que um cessar-fogo entre Israel e o Hamas está em vigor após 15 meses de conflito na Faixa de Gaza.
Rubio, que assumiu o cargo sob a administração do presidente Donald Trump, enfatizou que manter o apoio dos Estados Unidos a Israel é uma “prioridade máxima” para o governo. A informação foi confirmada pela porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, que destacou a importância do relacionamento entre os dois países.
Durante a conversa, o Secretário de Estado parabenizou Netanyahu pelos “sucessos de Israel contra o Hamas e o Hezbollah” e se comprometeu a trabalhar incansavelmente para ajudar na libertação dos reféns ainda mantidos em Gaza. A situação humanitária na região permanece crítica, com várias organizações de direitos humanos expressando preocupação com o impacto do conflito sobre a população civil.
A trégua, que entrou em vigor no último domingo, foi resultado de negociações intensas e prevê a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos. O acordo foi inicialmente esboçado pelo ex-presidente Joe Biden e, segundo fontes diplomáticas, envolveu esforços conjuntos das equipes de ambos os governos.
Rubio, no entanto, expressou ceticismo sobre a durabilidade da trégua, afirmando que a situação é volátil e que a paz na região ainda é um objetivo distante. O novo governo dos EUA, sob Trump, já sinalizou uma postura mais favorável a Israel, incluindo a suspensão de sanções contra colonos israelenses extremistas na Cisjordânia.
Além do apoio a Israel, a conversa entre Rubio e Netanyahu também abordou a questão do Irã, com o Secretário de Estado enfatizando a necessidade de enfrentar as ameaças representadas por grupos militantes apoiados por Teerã, como o Hamas em Gaza e o Hezbollah no Líbano.
O conflito entre Israel e Palestina se intensificou após os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023, que resultaram na morte de 1.200 israelenses e na captura de cerca de 250 reféns. A resposta militar de Israel em Gaza, que já resultou na morte de mais de 47.000 palestinos, gerou acusações de genocídio e crimes de guerra, que Israel nega veementemente.
A situação em Jenin, na Cisjordânia, também se agravou, com o Exército israelense realizando operações antiterroristas que resultaram em mortes e feridos entre a população local. O governador da cidade, Kamal Abu Rub, relatou a destruição de estradas e a intensificação dos combates, afirmando que a situação é extremamente difícil para os civis.
Enquanto isso, a comunidade internacional observa com preocupação o aumento das tensões na região, com a França pedindo moderação por parte das autoridades israelenses. O cenário continua a ser marcado por um ciclo de violência e retaliação, dificultando qualquer avanço significativo rumo à paz duradoura.
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