Gabriella dos Santos de Souza, filha adotiva de Flordelis, é encontrada morta no Rio
Jovem de 25 anos foi achada na Estrada do Pacheco, e polícia investiga suspeitas de feminicídio.
Gabriella dos Santos de Souza, de 25 anos, filha adotiva da ex-deputada federal Flordelis dos Santos de Souza, foi encontrada morta na madrugada desta quarta-feira (22) na Estrada do Pacheco, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. A principal linha de investigação aponta para a possibilidade de feminicídio, embora o atestado de óbito indique que a causa da morte foi uma parada cardiorrespiratória súbita.
A polícia já iniciou as investigações e planeja ouvir familiares e testemunhas, além de requisitar imagens de câmeras de segurança da área. Informações preliminares sugerem que o companheiro de Gabriella teria feito ameaças a ela por meio de mensagens de áudio no WhatsApp.
Gabriella foi adotada ainda bebê por Flordelis, que atualmente cumpre pena de 50 anos de prisão pelo assassinato de seu marido, Anderson do Carmo, ocorrido em 2019. Na época, Gabriella foi uma das testemunhas que prestou depoimento sobre o caso, afirmando ter constatado que Anderson ainda estava vivo após ser baleado.
O corpo de Gabriella foi encontrado em uma rua da cidade, e o caso foi registrado pela 74ª DP (Alcântara), sendo posteriormente transferido para a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí. A apuração das circunstâncias que levaram à sua morte está em andamento, e a polícia não descarta nenhuma linha de investigação.
Embora a declaração de óbito mencione a parada cardiorrespiratória como causa provável, o documento ressalta que as circunstâncias do falecimento ainda precisam de uma investigação mais aprofundada. O delegado responsável pelo caso, Marcelo Braga Maia, determinou que exames complementares sejam realizados para esclarecer os detalhes da morte.
Gabriella era irmã biológica de Lucas César dos Santos Souza, também filho adotivo de Flordelis, que foi condenado por sua participação no assassinato de Anderson. Ela tinha outras irmãs biológicas, Júlian e Bruna, e era a primogênita entre os filhos adotivos da ex-deputada.
A jovem foi apontada como responsável por cuidar das crianças menores na casa onde vivia com Flordelis e Anderson. Durante o julgamento do caso de Anderson, uma das netas de Flordelis descreveu Gabriella como “como se fosse uma escrava” na família, enfatizando a carga de responsabilidades que a jovem carregava.
O enterro de Gabriella está previsto para ocorrer em breve, mas ainda não há informações confirmadas sobre o local e horário. A defesa de Flordelis tenta obter permissão para que ela possa comparecer ao funeral da filha, mas até o momento não houve uma decisão sobre o pedido.
Veja também: