Durante a cerimônia de formatura de 500 guardas civis, Ricardo Nunes foi filmado cantando uma música polêmica em São Paulo.
23 de Janeiro de 2025 às 15h45

Prefeito de São Paulo canta sobre 'gás de pimenta' em formatura da GCM

Durante a cerimônia de formatura de 500 guardas civis, Ricardo Nunes foi filmado cantando uma música polêmica em São Paulo.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), gerou polêmica ao ser filmado cantando a letra “gás de pimenta na cara dos vagabundos” durante a formatura de 500 novos agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM). O evento ocorreu no Vale do Anhangabaú, no centro da capital, na terça-feira, dia 21.

As imagens, que rapidamente se espalharam pelas redes sociais, mostram Nunes cercado por guardas civis, batendo palmas e sorrindo enquanto entoava a música. O vídeo foi gravado por uma testemunha e rapidamente se tornou um dos assuntos mais comentados na internet.

Além do prefeito, estavam presentes o vice-prefeito Coronel Mello Araújo (PL), ex-comandante da Rota, e o novo secretário de Segurança Urbana, Orlando Morando, que também é conhecido por suas declarações controversas sobre a atuação da polícia.

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A vereadora Luna Zarattini (PT) criticou a atitude de Nunes, considerando-a absurda e afirmando que a música reforça a imagem de truculência associada à GCM. Em suas palavras, ela destacou: “Nós não acreditamos que é esse tipo de segurança urbana que a gente precisa para a cidade de São Paulo, especialmente em um contexto de altos índices de criminalidade e insegurança.”

“É preciso que a gente busque reforçar uma formação que garanta os direitos humanos, a democracia, e que garanta uma cidade realmente socialmente justa e igual para todos”, completou Zarattini, que anunciou a intenção de protocolar um ofício na Secretaria de Segurança Urbana para discutir a formação dos guardas civis.

O episódio levantou críticas não apenas de políticos, mas também de cidadãos que se manifestaram nas redes sociais, questionando a postura do prefeito em momentos críticos de violência policial na cidade. A vereadora ainda lembrou que a cidade enfrenta uma escalada de abusos e violação de direitos humanos.

Procurada para comentar sobre a situação, a Prefeitura de São Paulo informou que não se manifestará a respeito do ocorrido. O silêncio da administração municipal em relação ao episódio tem gerado ainda mais insatisfação entre os críticos.

O evento de formatura, que deveria ser um momento de celebração pela inclusão de novos agentes na segurança pública, acabou se transformando em um foco de controvérsia, refletindo a polarização sobre a abordagem da segurança na capital paulista.

Enquanto isso, a discussão sobre a necessidade de uma formação que priorize os direitos humanos e a proteção da vida continua a ser uma pauta relevante entre os representantes da sociedade civil e políticos que se opõem à postura atual da administração.

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