Com a moeda americana em declínio, o dólar renovou mínima nesta quinta-feira, 23, em sintonia com o mercado internacional.
23 de Janeiro de 2025 às 18h10

Dólar atinge R$ 5,87 e continua em queda após declarações de Trump em Davos

Com a moeda americana em declínio, o dólar renovou mínima nesta quinta-feira, 23, em sintonia com o mercado internacional.

Nesta quinta-feira, 23, o dólar brasileiro apresentou uma queda acentuada, atingindo a marca de R$ 5,87, após uma tendência de desvalorização que se intensificou na última hora de negócios. A moeda americana renovou suas mínimas tanto no mercado à vista quanto no futuro, refletindo o comportamento global da divisa.

As moedas emergentes da América Latina, especialmente, se beneficiaram da redução da aversão ao risco, impulsionadas pelas declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante sua participação virtual no Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, na Suíça.

Durante o evento, Trump não anunciou a imposição de novas tarifas de importação a seus parceiros comerciais, adotando um tom mais conciliatório em relação à China. Ele revelou que o presidente chinês, Xi Jinping, havia entrado em contato com ele, e entre os assuntos discutidos estava a possibilidade de uma resolução para o conflito entre Rússia e Ucrânia.

O real se destacou como a moeda com melhor desempenho entre as principais divisas globais, seguido de perto pelo peso mexicano. O índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de seis moedas fortes, também renovou suas mínimas, caindo abaixo da linha dos 108,000 pontos, evidenciando a perda de valor da moeda americana em comparação ao euro e à libra esterlina.

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Por volta das 15h22, o dólar à vista era negociado a R$ 5,8850, apresentando uma queda de 1,03%, após atingir a mínima de R$ 5,8745. Já o dólar futuro para o mês de fevereiro registrava uma queda de 0,97%, sendo cotado a R$ 5,894.

Esse movimento de queda do dólar pode ter implicações significativas para a economia brasileira, especialmente para setores que dependem de importações e para a balança comercial do país. A valorização do real em relação ao dólar pode facilitar a aquisição de produtos estrangeiros, mas também pode impactar negativamente as exportações brasileiras.

A expectativa do mercado agora se volta para as próximas declarações de Trump e os desdobramentos das relações comerciais entre os Estados Unidos e a China, que podem influenciar ainda mais a dinâmica do câmbio e a confiança dos investidores.

Analistas ressaltam que a continuidade dessa tendência de queda do dólar poderá trazer alívio para a inflação no Brasil, que tem sido uma preocupação constante para os economistas e para o governo. Contudo, a volatilidade do mercado cambial exige cautela e atenção às movimentações internacionais.

Com o cenário atual, o desempenho do real e suas interações com as moedas estrangeiras continuam a ser um ponto crucial para a análise econômica no Brasil e para a formulação de políticas monetárias adequadas.

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