Dólar atinge mínima de R$ 5,9880 e continua tendência de queda nesta quarta-feira
A moeda norte-americana rompeu a barreira de R$ 6,00, registrando nova mínima às 10h59 desta quarta-feira, 22.
Na manhã desta quarta-feira, 22, o dólar apresentou uma nova queda, atingindo a mínima de R$ 5,9880 às 10h59 (horário de Brasília). Essa marca representa uma desvalorização de 0,71% em relação ao fechamento anterior no mercado à vista.
Segundo Alan Martins, analista da Nova Futura Investimentos, essa tendência de queda do dólar em relação ao real se deve à abordagem mais cautelosa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O presidente tem adotado medidas isoladas e gradativas, o que, segundo Martins, diminui o impacto negativo que o mercado temia.
“Trump está seguindo padrões de seu primeiro mandato. Isso favorece investidores institucionais e estrangeiros, que aumentam suas posições vendidas em dólar”, observa Martins, ressaltando que o cenário atual é favorável para esses investidores.
Martins também prevê que o dólar pode chegar a R$ 5,960 até o final de janeiro. Essa expectativa está atrelada a possíveis resultados positivos nos dados de arrecadação do governo, conforme indicado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O ministro Haddad sinalizou que, se os números de arrecadação superarem as previsões, a queda da moeda americana pode se acentuar, trazendo benefícios para o real. Contudo, até o momento, não há uma data definida para a divulgação oficial dos dados de arrecadação referentes ao mês de dezembro.
O movimento de desvalorização do dólar ocorre em um contexto de incertezas econômicas globais, onde as decisões políticas e econômicas dos Estados Unidos têm um impacto direto nas moedas de países emergentes, como o Brasil.
A expectativa do mercado é de que a continuidade dessa tendência de queda do dólar possa trazer alívio para a inflação e melhorar a competitividade das exportações brasileiras no cenário internacional.
Os investidores estão atentos às próximas movimentações do governo e às declarações de autoridades econômicas, que podem influenciar diretamente o comportamento da moeda norte-americana e, consequentemente, a economia brasileira.
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