Aumento de 10,25% nas passagens aéreas impacta IPCA-15 de janeiro
Inflação medida pelo IPCA-15 registrou variação de 0,11% em janeiro
Em janeiro, os preços das passagens aéreas apresentaram um aumento significativo de 10,25%, o que resultou na maior pressão individual sobre a inflação, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este subitem contribuiu com 0,08 ponto porcentual para a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que registrou uma taxa de 0,11% no mês.
O grupo de Transportes, que inclui não apenas passagens aéreas, mas também tarifas de ônibus e combustíveis, passou de uma elevação de 0,46% em dezembro para um aumento de 1,01% em janeiro. Essa mudança representa uma contribuição de 0,21 ponto porcentual para a taxa do IPCA-15 deste mês. Os combustíveis, por sua vez, também tiveram alta, com o etanol subindo 1,56%, o óleo diesel 1,10%, o gás veicular 1,04% e a gasolina 0,53%.
As tarifas de ônibus urbano também foram reajustadas, com um aumento médio de 0,46%. As cidades de Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Salvador, Recife e São Paulo implementaram os seguintes reajustes: 9,52% em Belo Horizonte a partir de 1º de janeiro, 9,30% no Rio de Janeiro a partir de 5 de janeiro, 7,69% em Salvador a partir de 4 de janeiro, 4,87% em Recife a partir de 5 de janeiro e 13,64% em São Paulo a partir de 6 de janeiro.
Em São Paulo, no entanto, as tarifas de transporte público tiveram um impacto atenuado devido à concessão de gratuidades nos dias de feriado de Natal (25 de dezembro) e de Ano Novo (1º de janeiro). Já em Curitiba, a tarifa modal aos domingos passou a custar metade do valor a partir de 5 de janeiro, enquanto Fortaleza adotou a tarifa social no dia 31 de dezembro.
Regionalmente, o táxi no Rio de Janeiro teve um aumento de 3,08%, em decorrência do reajuste de 7,83% que entrou em vigor em 2 de janeiro. Em São Paulo, as tarifas de trem e metrô subiram 1,00%, devido a um reajuste de 4,00% nas passagens a partir de 6 de janeiro.
O IBGE destacou que “a variação de -1,78% na integração do transporte público em São Paulo é reflexo da combinação dos reajustes citados e das gratuidades concedidas durante os feriados de Natal e Ano Novo”. Essa análise ressalta a complexidade da dinâmica de preços no setor de transporte e seu impacto sobre a inflação.
Além disso, a alta nas passagens aéreas e nos combustíveis pode refletir as condições econômicas atuais, que incluem fatores como a demanda crescente por viagens e a volatilidade dos preços internacionais do petróleo. A inflação é uma preocupação constante para os consumidores, que enfrentam aumentos nos custos de vida em várias áreas.
O cenário econômico brasileiro continua a ser monitorado de perto, especialmente com a proximidade de decisões políticas e econômicas que podem influenciar a trajetória da inflação nos próximos meses. O IBGE, por meio de suas análises, busca oferecer uma visão clara sobre as tendências de preços e suas implicações para a economia.
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