O policial foi atingido na cabeça durante ação que resultou em 6 mortos e 8 feridos; ele estava internado no Hospital Getúlio Vargas.
27 de Janeiro de 2025 às 14h22

Morre cabo da PM Diogo Marinho após ser baleado em operação no Alemão e Penha

O policial foi atingido na cabeça durante ação que resultou em 6 mortos e 8 feridos; ele estava internado no Hospital Getúlio Vargas.

Morreu nesta segunda-feira, 27 de janeiro, o cabo do Batalhão de Polícia de Choque Diogo Marinho Rodrigues Jordão, que estava internado em estado grave no Hospital Estadual Getúlio Vargas, localizado na Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela direção da unidade de saúde. O policial foi baleado na cabeça durante uma operação da PM, com o apoio da Polícia Civil, nos complexos do Alemão e da Penha, na última sexta-feira.

Com a morte de Diogo, o número de vítimas fatais registradas durante o confronto sobe para seis, além de oito pessoas feridas. Uma das vítimas permanece internada no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio.

A operação, que teve início na madrugada de sexta-feira, foi marcada por intensos tiroteios e explosões de granadas, conforme relatos de moradores nas redes sociais. O porta-voz da PM, major Maicon Pereira, destacou que as equipes enfrentaram “forte resistência armada” nas comunidades, mobilizando cerca de 500 policiais, que contaram com o suporte de veículos blindados e aeronaves.

Diogo Marinho Rodrigues Jordão, de 31 anos, ingressou na Polícia Militar em 2019 e deixa esposa e dois filhos. A Secretaria de Estado de Polícia Militar lamentou sua morte, ressaltando o compromisso e a bravura do agente em suas funções.

- CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE -

Entre as vítimas fatais da operação, destaca-se o jardineiro Carlos André Vasconcelos da Silva, de 35 anos, que foi atingido por um tiro nas costas enquanto estava nas imediações da estação do BRT da Penha. Carlos estava tomando café e se preparava para ir ao trabalho quando foi ferido.

A operação resultou também na prisão de um foragido da Justiça e na apreensão de armamentos, além de uma tonelada de drogas encontrada em uma das residências. Os policiais descobriram um desmanche de veículos roubados na comunidade da Fazendinha, onde foram localizados eletrodomésticos e outros produtos possivelmente roubados.

Durante a ação, a polícia enfrentou resistência e teve que remover barricadas nos acessos às comunidades, onde foram registrados danos significativos em várias casas devido a balas perdidas. Moradores relataram que os tiroteios causaram pânico e insegurança nas áreas afetadas.

O impacto da operação se estendeu aos serviços públicos, com a suspensão do funcionamento de quatro unidades de saúde e a alteração de itinerários de 15 linhas de ônibus na região, afetando a rotina dos moradores. As clínicas da família Rodrigo Y Aguilar Roig, Klebel de Oliveira Rocha, Aloysio Augusto Novis e Felippe Cardoso não atenderam ao público durante o dia.

As consequências da operação ainda estão sendo avaliadas pelas autoridades, que buscam oferecer suporte às famílias das vítimas e restabelecer a normalidade na região afetada.

Veja também:

Tópicos: