Ministério dos Transportes revela plano para 2025, com 12 novos projetos e 3 leilões repactuados, visando menos dependência do Tesouro.
28 de Janeiro de 2025 às 16h25

Governo brasileiro anuncia 15 leilões rodoviários com investimentos de R$ 161 bilhões

Ministério dos Transportes revela plano para 2025, com 12 novos projetos e 3 leilões repactuados, visando menos dependência do Tesouro.

O Ministério dos Transportes do Brasil apresentou, nesta terça-feira, 28 de janeiro, um ambicioso cronograma de leilões de concessões rodoviárias para o ano de 2025. O plano inclui 15 projetos, com investimentos estimados em R$ 161 bilhões, abrangendo 7.271 km de estradas em todas as regiões do país.

De acordo com o ministro dos Transportes, Renan Filho, essa iniciativa busca garantir investimentos que não dependem exclusivamente dos cofres públicos. "Dessa forma, poderemos avançar com menos esforço do erário", afirmou o ministro durante o anúncio em Brasília.

O calendário de leilões prevê que o primeiro evento ocorrerá no final de fevereiro, seguido por quatro leilões em maio, um em junho, dois em agosto, um em setembro e o último, entre os novos projetos, em dezembro. Com essa estratégia, o governo espera mais que dobrar o recorde atual de leilões realizados em um único ano, que é de sete.

Renan Filho ressaltou que "é o momento de demonstrar uma dependência menor dos recursos do Tesouro para a infraestrutura rodoviária. Isso vai ser um divisor de águas". Desde o início da atual gestão, foram realizados nove leilões, totalizando R$ 111 bilhões em investimentos voltados para a infraestrutura rodoviária.

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A expectativa do governo é que a curva de juros comece a cair ainda este ano, alcançando estabilidade em 2026. O ministro também mencionou que as taxas de retorno dos projetos poderão ser ajustadas, se necessário, para manter o interesse dos investidores.

“A meta deste ano é realizar 15 leilões. Se conseguirmos realizar 12, será o maior volume de leilões da história do Brasil em um único ano”, destacou Renan Filho.

Entre os desafios enfrentados para a efetivação dos leilões estão as análises prévias que devem ser feitas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Dos 15 leilões previstos, três envolverão disputas por contratos já existentes, que foram repactuados com a anuência do TCU no ano passado.

As concessionárias MSVia, Fluminense e ECO101, que reclamam de contratos desequilibrados, tiveram acordos que aceleram obras em troca de maior tempo de exploração. Contudo, esses contratos repactuados serão disputados entre a concessionária atual de cada trecho e outros possíveis interessados.

O governo brasileiro busca, com essa iniciativa, não apenas aumentar a eficiência da logística no país, mas também atrair investimentos privados para a infraestrutura rodoviária, um setor crucial para o desenvolvimento econômico.

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