O crescimento econômico foi sustentado pelo aumento dos gastos dos consumidores e do governo, segundo dados oficiais.
30 de Janeiro de 2025 às 13h42

PIB dos Estados Unidos cresce 2,8% em 2024, impulsionado por consumo e investimentos

O crescimento econômico foi sustentado pelo aumento dos gastos dos consumidores e do governo, segundo dados oficiais.

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos registrou um crescimento de 2,8% em 2024, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (30) pelo Departamento do Comércio. Este aumento foi impulsionado principalmente pelos gastos dos consumidores e pelo investimento governamental, que se mostraram fundamentais para a recuperação econômica do país.

No último trimestre de 2024, a economia americana apresentou um crescimento anualizado de 2,3%, uma leve desaceleração em relação ao terceiro trimestre, que havia registrado uma alta de 3,1%. Apesar dessa desaceleração, o desempenho geral do PIB no ano foi considerado robusto, refletindo a resiliência da economia diante de desafios externos.

Os gastos dos consumidores, que representam uma parcela significativa da atividade econômica, avançaram a um ritmo de 4,2%. Este foi o primeiro trimestre desde o final de 2021 em que os gastos superaram 3% em trimestres consecutivos, com destaque para um aumento nas vendas de veículos automotores, que contribuíram para o crescimento.

O crescimento do PIB foi também sustentado por investimentos em infraestrutura e tecnologia, que, segundo analistas, são essenciais para garantir a competitividade da economia americana no cenário global. A combinação de consumo forte e investimentos estratégicos sugere uma trajetória de crescimento contínuo.

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Entretanto, o último trimestre de 2024 foi marcado por um leve recuo nos investimentos, o que gerou preocupações sobre a continuidade do crescimento. Especialistas apontam que a incerteza política, especialmente em relação às políticas econômicas propostas pelo novo governo, pode impactar as decisões de investimento no futuro.

A administração do presidente Donald Trump, que promete um novo “auge econômico”, enfrenta desafios como a necessidade de equilibrar cortes de impostos e aumento de tarifas comerciais. Essas medidas podem afetar o consumo e a confiança dos investidores, levando a um cenário de cautela no mercado.

O relatório do PIB chega em um momento crítico, com a Reserva Federal (Fed) mantendo as taxas de juros inalteradas, entre 4,25% e 4,50%. O presidente do Fed, Jerome Powell, destacou a força da economia, mas enfatizou a necessidade de monitorar a inflação, que pode ser pressionada por novas políticas econômicas.

Analistas acreditam que a trajetória de crescimento do PIB pode ser afetada por fatores externos, como a desaceleração econômica em outras regiões do mundo e a possibilidade de novas tensões comerciais. A expectativa é de que o governo continue a implementar políticas que estimulem o crescimento, ao mesmo tempo em que busca mitigar os riscos associados a essas incertezas.

O desempenho econômico dos Estados Unidos em 2024, com um crescimento de 2,8%, reflete a capacidade do país de se adaptar e prosperar em um ambiente desafiador. O foco agora se volta para 2025, com a expectativa de que a economia mantenha sua trajetória de crescimento, sustentada por um consumo forte e investimentos estratégicos.

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