Amanda Vettorazzo (União Brasil) fez a denúncia após Oruam publicar vídeos ofensivos e incitar ameaças contra ela.
29 de Janeiro de 2025 às 10h22

Vereadora de São Paulo registra BO contra rapper após ameaças e ofensas nas redes

Amanda Vettorazzo (União Brasil) fez a denúncia após Oruam publicar vídeos ofensivos e incitar ameaças contra ela.

A vereadora Amanda Vettorazzo, do União Brasil, protocolou um boletim de ocorrência contra o rapper Oruam, após o artista publicar uma série de vídeos nas redes sociais com ofensas direcionadas à parlamentar. Segundo Amanda, a situação se agravou com o recebimento de ameaças de morte, que ela atribui aos seguidores do rapper. O conflito teve início quando Vettorazzo apresentou um projeto de lei que visa proibir a contratação de artistas que promovam apologia ao crime, ao uso de drogas ou à sexualização nas suas músicas.

Em um vídeo divulgado em seu Instagram, a vereadora expressou sua intenção de impedir Oruam de realizar shows em São Paulo, afirmando que as letras do rapper, filho de Marcinho VP, suposto líder do Comando Vermelho, abordam temas como drogas e facções criminosas. “Esses são os principais temas das músicas dele”, destacou Amanda, gerando polêmica e reações negativas.

O rapper, por sua vez, reagiu à proposta com uma série de vídeos onde disparou ofensas contra a vereadora, chamando-a de “doente mental” e “idiota”. Em um dos vídeos, Oruam ainda compartilhou uma mensagem de um interlocutor que sugere que alguém “coma ela”, referindo-se a Amanda. O rapper completou a frase com a expressão “Toma jack”, que gerou críticas por seu significado pejorativo nas penitenciárias brasileiras.

A declaração provocou uma onda de indignação, especialmente entre os membros do Movimento Brasil Livre (MBL), que se manifestaram nas redes sociais. Renan Santos, coordenador nacional do MBL, afirmou que Oruam “convocou seus animais para estuprarem a Amanda”, referindo-se ao tom agressivo das mensagens que a vereadora recebeu.

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Em seu boletim de ocorrência, Amanda relatou ter recebido “milhares de mensagens” com ameaças, incluindo imagens de armas e mensagens que insinuavam violência. Uma das mensagens dizia que Amanda “vai escutar o AK-47”, em alusão a um fuzil, enquanto outra mostrava um homem dançando com uma arma ao som de uma música do rapper.

O rapper não se manifestou oficialmente sobre o registro do boletim de ocorrência, mas publicou em suas redes sociais um carrossel de imagens, uma delas contendo a notícia sobre a denúncia, acompanhada de um texto que expressa sua revolta e a dificuldade de sua trajetória. “Sou revoltado mesmo, cresci sem pai, vocês nunca vão entender a mente de um astro”, afirmou Oruam, que também criticou a mídia por criar vilões.

A vereadora expressou surpresa com a quantidade de ameaças recebidas e justificou sua decisão de registrar o boletim de ocorrência pela incitação à violência. Além disso, Amanda encaminhou um memorando à Presidência da Casa solicitando reforço na segurança com o apoio da Guarda Civil Metropolitana (GCM).

Em resposta à repercussão do caso, Amanda Vettorazzo e o MBL lançaram um site para que parlamentares de outras cidades possam se cadastrar e receber o modelo do projeto de lei, com o objetivo de ampliar a iniciativa contra a cultura do crime em todo o Brasil.

“Começamos esse movimento contra a cultura do crime com a Amanda em São Paulo e agora queremos que isso se torne uma prática nas Câmaras Municipais de todo o país”, afirmou Renan Santos, destacando a importância da mobilização.

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