Padilha descarta bala de prata para reverter queda na popularidade de Lula
Ministro das Relações Institucionais afirma que não há soluções rápidas para os desafios enfrentados pelo governo.
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que não existe uma “bala de prata” capaz de reverter a queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em declarações feitas nesta terça-feira (28), Padilha destacou que o governo já vinha monitorando os temas que têm gerado preocupação nas pesquisas.
“Quem pensa em truques, quem acredita em bala de prata para resolver problemas complexos, geralmente acaba colhendo resultados negativos. Não é a primeira vez que governamos o país”, disse o ministro em entrevista.
A pesquisa realizada pela Quaest revelou que, pela primeira vez no atual mandato, a avaliação negativa do governo superou a positiva. Esse cenário é reforçado por outros levantamentos, como o do PoderData, que apontam uma queda significativa na popularidade de Lula, especialmente no Nordeste, tradicional reduto eleitoral do PT.
Padilha ressaltou que um dos focos principais do governo é o impacto da inflação nos preços dos alimentos. Ele afirmou que o governo seguirá implementando medidas de estímulo à produção e recuperação de estoques reguladores, além de trabalhar para estabilizar o câmbio e reduzir as pressões inflacionárias.
“A estratégia econômica, liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, visa criar um ambiente favorável para a economia e mitigar os efeitos da inflação sobre a população”, explicou Padilha.
O ministro também mencionou a importância da relação do governo com o Congresso Nacional, destacando a reforma do Imposto de Renda como uma das prioridades para o ano. Ele enfatizou que qualquer mudança na composição ministerial deve levar em consideração o compromisso com a defesa do governo e do presidente Lula.
“A agenda legislativa será apresentada na segunda semana de fevereiro e incluirá eixos prioritários como uma economia justa, estímulo ao empreendedorismo e uma forte ênfase na educação”, afirmou Padilha.
Em relação à pesquisa da Quaest, que apontou a queda na aprovação do governo, Padilha reiterou que o presidente Lula já vinha sinalizando a necessidade de atenção a esses temas. “O presidente é o primeiro a perceber as dificuldades e está comprometido em enfrentar os desafios que surgem”, completou.
Sobre a possível entrada de novos partidos no governo e uma reforma ministerial, Padilha disse que qualquer mudança deve ser feita com cautela e visando fortalecer a base de apoio ao governo. Ele também comentou sobre a importância de manter a unidade entre os partidos que compõem a coalizão governista.
“A relação com o Congresso é fundamental para a aprovação das medidas que consideramos essenciais para o desenvolvimento do país. Estamos confiantes de que, com diálogo e colaboração, conseguiremos avançar nas pautas prioritárias”, concluiu.
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