Banco Central registra ganho de R$ 31,967 bilhões com swaps até 24 de janeiro
Em janeiro, até o dia 24, o Banco Central obteve lucro de R$ 31,967 bilhões com operações de swap cambial.
O Banco Central (BC) do Brasil anunciou um ganho expressivo de R$ 31,967 bilhões em suas operações de swaps cambiais até o dia 24 de janeiro, conforme divulgado nesta quarta-feira. Este resultado reflete uma mudança significativa em relação ao mês anterior, quando a autarquia registrou um resultado negativo de R$ 19,928 bilhões em dezembro.
Os swaps cambiais são contratos utilizados pelo BC com o objetivo de oferecer proteção ao mercado em períodos de alta volatilidade nas taxas de câmbio. Embora o BC não tenha como meta gerar lucro com essas operações, o resultado positivo ocorre quando a moeda nacional se valoriza em relação ao dólar.
No critério de competência, que considera todos os ganhos e perdas ocorridos no mês, independentemente da data de liquidação, o lucro do BC foi de R$ 30,568 bilhões. A liquidação financeira das operações de swap ocorre no dia seguinte, em D+1.
Entretanto, o BC também enfrentou perdas significativas na administração de suas reservas internacionais. O resultado negativo foi de R$ 92,761 bilhões, considerando a rentabilidade das reservas, que inclui ganhos e perdas decorrentes da correção cambial, marcação a mercado e juros.
O resultado líquido das reservas, que é a diferença entre a rentabilidade e o custo de captação, foi negativo em R$ 99,857 bilhões. Além disso, as operações cambiais apresentaram um resultado negativo de R$ 69,289 bilhões, refletindo as dificuldades enfrentadas pelo BC em um cenário econômico desafiador.
A autarquia enfatiza que o objetivo das operações de swap cambial e da administração das reservas internacionais não é obter lucros, mas sim fornecer um mecanismo de hedge para o mercado, especialmente em tempos de incerteza econômica e volatilidade no câmbio. Essa estratégia visa garantir um colchão de liquidez que possa ser utilizado em momentos de crise.
As operações de swap são uma ferramenta importante para o BC, permitindo que a instituição gerencie os riscos associados à flutuação das taxas de câmbio e proteja a economia brasileira contra choques externos.
O cenário atual exige uma atenção redobrada por parte do Banco Central, que continua monitorando as condições do mercado e ajustando suas estratégias conforme necessário para garantir a estabilidade econômica do país.
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