Restos de animais são apreendidos em bagagem no Aeroporto de Guarulhos, SP
Vigiagro intercepta bagagem com ratos empalados e cabeça de cachorro vinda da Nigéria em fiscalização
O Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), vinculado ao Ministério da Agricultura e Pecuária, realizou uma apreensão incomum no Aeroporto Internacional de São Paulo, localizado em Guarulhos, na terça-feira, 28. Durante uma fiscalização de rotina, foram encontrados diversos restos de animais em uma bagagem proveniente da Nigéria.
A inspeção revelou a presença de ratos empalados, morcegos, camaleões, cabeças de cobra, bagres secos e até mesmo uma cabeça decapitada de um cachorro. Além disso, a bagagem continha uma quantidade significativa de larvas, o que gerou preocupação entre os agentes responsáveis pela fiscalização.
Segundo informações do Ministério da Agricultura, a bagagem era uma encomenda e o destinatário aguardava do lado de fora da área de fiscalização. Após a apreensão, todo o material foi destinado à incineração, seguindo os protocolos de segurança estabelecidos.
A ocorrência de apreensões de restos de animais e produtos de origem silvestre não é uma novidade no aeroporto. Em novembro do ano passado, o Vigiagro interceptou uma bagagem que continha 386 tartaruguinhas de casco mole chinesas, reforçando a necessidade de vigilância nas fronteiras do país.
A Secretaria de Defesa Agropecuária do ministério explica que a entrada de materiais orgânicos é restringida por questões zoossanitárias. “Se não forem devidamente tratados e certificados, produtos de interesse agropecuário podem carrear larvas, insetos ou outros micro-organismos que representam um risco de introduzir doenças e pragas no Brasil, comprometendo a produção agropecuária nacional”, afirmou o órgão em nota.
Além disso, a nota destaca que países com sistemas eficazes de defesa agropecuária costumam restringir o ingresso de materiais orgânicos. Por isso, é recomendado que os viajantes consultem as listas de restrições do país de destino antes de embarcar.
A apreensão gerou repercussão nas redes sociais, onde internautas expressaram surpresa e indignação com a situação. Muitos questionaram a origem e a finalidade dos restos de animais, levantando preocupações sobre o tráfico de espécies silvestres e a saúde pública.
As autoridades continuam a investigar o caso, embora ainda não tenham se pronunciado sobre a identidade do destinatário da bagagem. A fiscalização rigorosa no aeroporto é parte das estratégias para evitar a entrada de produtos que possam comprometer a saúde pública e a biodiversidade brasileira.
O Vigiagro permanece atento a situações semelhantes e reafirma seu compromisso com a proteção da agropecuária nacional e a segurança alimentar do país.
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