Uma mala vinda da Nigéria continha restos de animais, incluindo cabeças de cobra e um cachorro decapitado.
30 de Janeiro de 2025 às 14h27

Encomenda apreendida em Cumbica traz morcegos, ratos empalados e camaleões

Uma mala vinda da Nigéria continha restos de animais, incluindo cabeças de cobra e um cachorro decapitado.

Na tarde da última terça-feira, 28, uma mala que chegou ao Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, foi apreendida após a descoberta de conteúdos alarmantes. A bagagem, que tinha como origem a Nigéria, continha uma variedade de restos de animais, incluindo morcegos, camaleões, ratos empalados, cabeças de cobra, bagres secos e até mesmo a cabeça decapitada de um cachorro. Todas as peças estavam infestadas de larvas.

A mala era uma encomenda e o destinatário aguardava do lado de fora da área de fiscalização. O material orgânico foi identificado pelo Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), que utiliza imagens de raio X para detectar itens proibidos. Após a apreensão, o conteúdo foi encaminhado para incineração, mas o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) não revelou se alguma sanção foi aplicada ao destinatário, cujo nome não foi divulgado.

A entrada de materiais orgânicos desse tipo no Brasil é proibida por questões sanitárias. A Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa alerta que produtos não tratados e não certificados podem introduzir larvas, insetos ou outros micro-organismos que representam riscos à saúde pública e à produção agropecuária nacional.

Segundo informações do ministério, apreensões de animais em bagagens não são incomuns. Em novembro do ano passado, o Vigiagro interceptou uma mala que continha 386 tartaruguinhas de casco mole chinesas, evidenciando a necessidade de vigilância constante nas fronteiras do país.

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A fiscalização rigorosa em aeroportos e portos é parte da estratégia do Mapa para impedir a entrada de materiais que possam acarretar doenças e pragas. As ações de controle são fundamentais para proteger a agricultura e a pecuária brasileiras, que podem ser severamente afetadas por produtos não regulamentados.

Além dos riscos sanitários, a apreensão deste tipo de material levanta preocupações sobre as intenções do destinatário e o destino final desses animais. O Mapa não forneceu detalhes sobre o que poderia ser feito com os restos mortais.

O Vigiagro continua a intensificar suas ações de fiscalização em resposta a casos semelhantes, buscando proteger a biodiversidade e a saúde pública no Brasil. A apreensão recente é um lembrete da importância de manter os controles rigorosos em relação à entrada de produtos de origem animal no país.

As autoridades reforçam que a colaboração da população é essencial para identificar e reportar situações suspeitas que possam comprometer a segurança sanitária no Brasil.

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