IGP-M desacelera para 0,27% em janeiro após alta de 0,94% em dezembro, diz FGV
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) apresentou alta de 0,27% em janeiro, superando expectativas de analistas.
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou uma alta de 0,27% em janeiro, conforme divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira, 30. Este resultado representa uma desaceleração significativa em relação ao aumento de 0,94% observado em dezembro do ano anterior.
A variação de 0,27% ficou acima da mediana de 0,21% das estimativas coletadas em uma pesquisa realizada pelo Projeções Broadcast, que variavam entre 0,02% e 0,44%. Essa diferença indica que a inflação, embora em desaceleração, ainda se mostrou mais intensa do que o esperado pelos analistas.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), que compõe o IGP-M e reflete a variação de preços no atacado, subiu 0,24% em janeiro, após uma alta de 1,21% em dezembro. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M), que mede a inflação ao consumidor, apresentou um aumento de 0,14%, ligeiramente superior ao 0,12% registrado no mês anterior.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) também apresentou variação, passando de 0,51% em dezembro para 0,71% em janeiro, demonstrando uma pressão inflacionária no setor da construção civil.
Entre os componentes do IPC-M, cinco das oito classes de despesa apresentaram aceleração em suas taxas de variação. Os destaques foram os grupos Saúde e Cuidados Pessoais, que saltaram de 0,20% para 0,57%, e Alimentação, que aumentou de 1,09% para 1,31%. Por outro lado, os grupos Habitação e Comunicação apresentaram recuos, com variações de -1,08% para -1,65% e de 0,06% para -0,03%, respectivamente.
As principais pressões inflacionárias em janeiro foram observadas em itens como cursos de ensino fundamental e superior, além de produtos alimentícios como tomate e café em pó. O tomate, por exemplo, teve um aumento expressivo de 20,33% em janeiro, após uma queda de 5,18% em dezembro.
Por sua vez, tarifas de eletricidade residencial e passagens aéreas contribuíram para a desaceleração da inflação, com quedas significativas nos preços. A tarifa de eletricidade, por exemplo, caiu de -4,69% para -9,81% no período.
O IGP-M é um indicador importante, utilizado como referência para reajustes de contratos de aluguel e tarifas. Ele é calculado com base na variação de preços ao produtor, ao consumidor e na construção civil, considerando o período entre o dia 21 do mês anterior e o dia 20 do mês de referência.
Com a divulgação dos dados, o IGP-M acumula uma alta de 6,75% nos últimos 12 meses, refletindo a pressão inflacionária que ainda persiste na economia brasileira.
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