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Bolsonaro afirma não ter tempo para ler livros e se informa por WhatsApp
Em entrevista, ex-presidente diz que prioriza acordos comerciais e futebol em vez de literatura e cinema.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou que não tem tempo para ler livros e que se mantém informado por meio do aplicativo de mensagens WhatsApp. As afirmações foram feitas durante uma entrevista à Rádio Bandeirantes de Goiânia na última sexta-feira, 31.
Questionado sobre qual foi o último livro que leu, Bolsonaro respondeu: “Livro eu não leio mais, não dá, não tenho tempo. Sou sincero. Eu tenho rede de Zap e informações. A China assinou com o Brasil 37 acordos. Esses eu tenho que ler”. O ex-presidente enfatizou que sua prioridade são as informações relevantes para sua atuação política.
Além de não ler livros, Bolsonaro também comentou que não assiste a filmes, afirmando: “Não dá. Só vejo futebol”. Essa declaração reflete sua preferência por atividades que considera mais urgentes e relevantes em sua rotina.
Durante a entrevista, o ex-presidente fez uma referência ao filme “Ainda Estou Aqui”, que foi indicado ao Oscar. Ele criticou a narrativa que retrata apenas um lado da história da ditadura militar, sugerindo que é necessário abordar os dois lados. “Contar história da ditadura militar, tudo bem, mas conte os dois lados. Teve excesso? Teve excesso”, afirmou.
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Bolsonaro também comparou os excessos da ditadura militar com as prisões de pessoas envolvidas nos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023. Ele disse: “Agora a gente luta pela anistia das pessoas condenadas com a Bíblia debaixo do braço e com a bandeira nas costas”.
O ex-presidente voltou a criticar as condenações que o tornam inelegível até 2030, mas evitou responder sobre a possibilidade de reversão da pena ou sobre um “plano B” para as eleições presidenciais de 2026.
Bolsonaro também defendeu Carla Zambelli, que foi cassada pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, e criticou a candidatura de Marcos Pontes ao Senado, que, segundo ele, se posicionou à revelia do PL.
Ao final da entrevista, Bolsonaro foi questionado se tomaria um vinho com seu adversário, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele negou e afirmou que prefere beber refrigerante.
As declarações de Bolsonaro refletem sua estratégia de comunicação e sua forma de se manter atualizado sobre questões políticas e sociais, priorizando informações que considera essenciais para sua atuação.
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