Mercado financeiro revisa projeções de inflação para 2025 e 2026, aponta Focus
Expectativas de inflação aumentam, enquanto previsões para PIB e Selic se mantêm estáveis, segundo o Banco Central.
No mais recente Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, as expectativas de inflação para este ano e para 2026 foram elevadas, marcando a 19ª alta consecutiva. A mediana das projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 5,60% para 5,65%, superando significativamente o teto da meta estabelecida em 4,50%.
Para 2026, a expectativa de inflação também foi ajustada, passando de 4,35% para 4,40%. Essas informações foram coletadas em uma pesquisa realizada com mais de 100 instituições financeiras na última semana.
O Banco Central também divulgou que a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) se manteve estável, com uma projeção de crescimento de 2,01% para 2025 e 1,70% para 2026. A expectativa para a taxa básica de juros, a Selic, permanece em 15% ao ano para 2025 e 12,50% para 2026, conforme as análises dos economistas.
Amanhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deve divulgar a prévia do IPCA referente ao mês de fevereiro, com uma expectativa de 1,37%. Essa previsão é influenciada por fatores como o reajuste das mensalidades escolares e o repique do desconto do bônus de Itaipu em janeiro.
Além disso, a projeção para o dólar foi ligeiramente reduzida, passando de R$ 6,00 para R$ 5,99 para o fechamento de 2025. Para 2026, a expectativa para a moeda americana permanece em R$ 6,00. O movimento reflete uma correção de preços após a alta significativa do dólar no final do ano passado.
Os analistas do mercado financeiro estão atentos a possíveis medidas que o governo possa adotar para conter a inflação elevada, especialmente em relação ao preço dos alimentos, considerado um fator crucial para controlar a trajetória dos preços.
O Boletim Focus é uma ferramenta importante que reflete a percepção do mercado sobre a economia brasileira, sendo uma referência para investidores e formuladores de políticas econômicas.
Os dados mais recentes indicam que a inflação acumulada nos últimos doze meses continua a ser um desafio, e o Banco Central já sinalizou que a meta de inflação pode ser descumprida novamente, caso a inflação permaneça acima do teto por seis meses consecutivos.
Com a inflação em alta, o poder de compra da população, especialmente das classes de renda mais baixa, é impactado, uma vez que os preços dos produtos tendem a aumentar sem que os salários acompanhem esse crescimento.
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