Josué Aprigio, ex-prefeito de Taboão da Serra, é alvo de investigação por atentado forjado e tem origem do dinheiro desconhecida.
24 de Fevereiro de 2025 às 21h48

Polícia apreende R$ 300 mil na casa de ex-prefeito de Taboão da Serra investigado

Josué Aprigio, ex-prefeito de Taboão da Serra, é alvo de investigação por atentado forjado e tem origem do dinheiro desconhecida.

Uma operação da Polícia Civil e do Ministério Público de São Paulo resultou na apreensão de mais de R$ 300 mil em espécie na residência de Josué Aprigio, ex-prefeito de Taboão da Serra, durante a ação denominada Fato Oculto. A operação ocorreu na semana passada, mas as imagens da apreensão foram divulgadas nesta segunda-feira, 24.

De acordo com informações do portal g1, a origem do montante ainda não foi confirmada. A defesa de Aprigio, que é do partido Podemos, alega que o valor está devidamente declarado em sua declaração de imposto de renda.

O ex-prefeito, que buscava a reeleição, é investigado por supostamente ter contratado atiradores para simular um atentado contra si mesmo. O incidente teria ocorrido uma semana antes do segundo turno das eleições municipais de 2024, e, apesar da repercussão, ele não conseguiu se reeleger.

No dia do suposto atentado, o carro blindado de Aprigio foi atingido por seis disparos. O ex-prefeito sofreu ferimentos leves no ombro devido a estilhaços de uma bala de fuzil AK-47. Ninguém mais no veículo ficou ferido. Em menos de meia hora após o ataque, sua equipe divulgou um vídeo editado do incidente.

A operação também incluiu mandados de busca em residências de outras 15 pessoas envolvidas nas investigações. Um dos atiradores, identificado como Gilmar Santos, declarou em sua delação premiada que ele e outros três comparsas receberam R$ 500 mil para encenar o ataque, além de terem sido pagos por uma arma que custou R$ 85 mil.

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Gilmar afirmou que o objetivo da simulação era gerar atenção da mídia para Aprigio. Entre os investigados estão três ex-secretários municipais de Taboão da Serra: José Vanderlei Santos (Transportes), Ricardo Rezende Garcia (Obras) e Valdemar Aprigio da Silva (Manutenção), além de Cristian Lima Silva, sobrinho do ex-prefeito.

Se as participações forem confirmadas, os envolvidos poderão enfrentar acusações de associação criminosa, tentativa de homicídio, incêndio e adulteração de placa de veículo, com penas que podem ultrapassar 30 anos de prisão. Gilmar, Odair Júnior de Santana e Jefferson Ferreira de Souza são réus no processo.

A delação de Gilmar foi homologada pela Justiça, o que pode resultar em uma redução de sua pena. Os celulares dos suspeitos foram apreendidos para perícia, mas a arma utilizada na simulação do atentado ainda não foi localizada. Aprigio não foi encontrado para comentar as acusações.

O advogado do ex-prefeito defende sua inocência, afirmando que “não é crível” que alguém de 73 anos arriscaria sua vida para influenciar uma eleição. A defesa de Odair, um dos investigados, reforçou a presunção de inocência.

Os advogados de Garcia alegaram que ele é “vítima de um equívoco nas investigações”. A defesa de Anderson negou qualquer contato com o delator e outros investigados, afirmando que as acusações se baseiam apenas na delação, sem provas concretas.

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