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Ronaldo solicita supervisão da Fifa em eleição da CBF e critica processo eleitoral
Ex-atacante Ronaldo Fenômeno pede transparência e supervisão para a próxima eleição da CBF, prevista para 2025.
O ex-jogador Ronaldo Fenômeno, que se articula para ser candidato à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), enviou uma carta nesta segunda-feira a diversas entidades do futebol, incluindo a Fifa e a Conmebol, solicitando a supervisão da próxima eleição da CBF. Ronaldo expressou suas preocupações sobre a falta de transparência e a segurança jurídica do processo eleitoral da entidade.
Na carta, Ronaldo enfatizou a necessidade de que a data da eleição, que deve ser iniciada pelo atual presidente Ednaldo Rodrigues, seja anunciada com pelo menos um mês de antecedência. O prazo para a definição do pleito é de um ano a partir de março de 2025, e o ex-atacante deseja que as principais entidades do futebol mundial participem do processo para garantir um tratamento isonômico e a estabilidade institucional.
Entre as críticas apresentadas por Ronaldo, estão a “falta de transparência e segurança jurídica no processo eleitoral”, que, segundo ele, podem comprometer a imparcialidade e a legitimidade das eleições. O ex-jogador destacou que o atual modelo permite que o presidente em exercício tenha controle absoluto sobre todo o processo, o que afasta as condições para uma concorrência leal.
Ronaldo também mencionou a crise enfrentada pela CBF nos últimos anos, marcada por interferências externas e disputas judiciais que afetaram a reputação da entidade em nível mundial. Ele ressaltou que essa situação gerou um sentimento de insegurança jurídica, impactando negativamente a credibilidade da confederação.
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“Faltam menos de 16 meses para a próxima Copa do Mundo e o futebol brasileiro não pode passar por um processo eleitoral de legitimidade duvidosa. Precisamos de tempo para dar voz e espaço aos clubes, que, unidos, são ainda mais fortes”, afirmou Ronaldo em sua carta.
O ex-jogador solicitou que a eleição seja supervisionada presencialmente pela Fifa e pela Conmebol, visando aumentar a transparência e a segurança jurídica do processo. Ele acredita que essa medida é crucial para garantir a integridade do pleito e o alinhamento com os princípios internacionais de governança no futebol.
Ronaldo, que já foi um dos maiores atacantes da história do futebol, agora busca um novo desafio fora dos gramados, almejando a presidência da CBF. Para viabilizar sua candidatura, ele precisa do apoio de pelo menos quatro federações e quatro clubes, conforme o estatuto da entidade.
O atual presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, que tentará a reeleição, poderá convocar o próximo pleito a partir de março deste ano. A última eleição com dois candidatos na CBF ocorreu em 1989, quando Ricardo Teixeira venceu Nabi Abi Chedid, candidato do então presidente Giulite Coutinho.
O colégio eleitoral da CBF é composto por 26 federações estaduais e a do Distrito Federal, que têm voto com peso três, além dos 20 clubes da Série A (peso dois) e os 20 clubes da Série B (peso um).
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