Boletos bancários agora podem ser pagos via Pix com QR code a partir de hoje

A partir desta segunda-feira (3), os boletos bancários poderão ser pagos não apenas por meio do tradicional código de barras, mas também através do sistema de pagamentos instantâneos Pix. Essa mudança é resultado de uma resolução aprovada pelo Banco Central (BC) em dezembro do ano passado, que visa modernizar o processo de pagamento de boletos.

Com a nova funcionalidade, os bancos poderão incluir um código QR nos boletos, permitindo que os usuários realizem o pagamento instantaneamente ao escanear o código com seus dispositivos móveis. Essa inovação traz como principal vantagem a compensação imediata das transações, ao contrário do que ocorre com muitos boletos que podem levar dias para serem compensados.

Além do pagamento via Pix, a resolução também prevê a implementação do boleto de cobrança dinâmico, que ainda aguarda a publicação de uma instrução normativa pelo BC para entrar em vigor. Esse novo tipo de boleto permitirá a transferência de titularidade de dívidas, facilitando a negociação e a troca de papéis entre credores e devedores.

De acordo com o Banco Central, a introdução do boleto dinâmico trará mais segurança aos pagamentos de dívidas representadas por certos tipos de títulos, como as duplicatas escriturais, conforme estabelecido pela Lei nº 13.775, de 20 de dezembro de 2018. A regulamentação definirá quais ativos financeiros poderão ser vinculados a esse novo formato de boleto.

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Para garantir a segurança tanto do pagador quanto do credor, o BC enfatiza a importância de assegurar que os pagamentos sejam direcionados ao legítimo detentor dos direitos. Assim, o boleto dinâmico será vinculado ao título, que deverá ser emitido digitalmente em sistemas autorizados pelo Banco Central.

O BC considera que a criação do boleto dinâmico representa um avanço significativo para a modernização do sistema financeiro, promovendo mais segurança nas transações e facilitando a negociação de títulos essenciais para o crescimento de empresas, especialmente as de pequeno e médio porte.

“Em relação às duplicatas escriturais, a segurança se estende tanto ao sacado, que poderá cumprir sua obrigação de pagamento ao legítimo credor, quanto ao financiador que adquiriu o título, que não precisará realizar trocas de instrumentos de pagamento para garantir o recebimento”, explicou o Banco Central em nota divulgada em dezembro.

Entretanto, como os sistemas de registro que darão suporte digital a esses títulos ainda estão em fase de implementação, o boleto dinâmico deverá ser adotado em até seis meses após a aprovação de pelo menos um desses sistemas.