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Ministério da Saúde intensifica ações contra febre amarela em São Paulo e outros estados
Com aumento de casos, pasta garante envio de 2 milhões de vacinas para São Paulo e orienta sobre prevenção.
No último domingo (2), o Ministério da Saúde emitiu um alerta sobre o crescimento da transmissão da febre amarela, especialmente no estado de São Paulo, que registrou o maior número de casos em 2025. A nota técnica, encaminhada às Secretarias de Saúde, recomenda a intensificação das ações de vigilância e imunização durante o período sazonal da doença, que vai de dezembro a maio.
Até o momento, foram confirmados oito casos em humanos, todos não vacinados, além de 25 em primatas, de acordo com dados do Instituto Adolfo Lutz. Para enfrentar essa situação, o Ministério anunciou a ampliação do envio de vacinas para São Paulo, totalizando 2 milhões de doses até o início de fevereiro. Deste total, 800 mil doses são adicionais, sendo que 1 milhão já foi entregue em janeiro.
A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo está em tratativas com o Ministério da Saúde para aumentar ainda mais o envio de vacinas, visando alcançar 6 milhões de doses. O objetivo é elevar a cobertura vacinal de 80% para 95% na região metropolitana. A febre amarela é transmitida pela picada de mosquitos, e a vacinação é a principal forma de prevenção. As vacinas estão disponíveis em todas as unidades básicas de saúde do estado, e a população é incentivada a atualizar sua imunização.
Além de São Paulo, o Ministério também alertou sobre o aumento de casos nos estados de Minas Gerais, Roraima e Tocantins. O estoque de vacinas contra a febre amarela no Brasil está regular, com envios sendo realizados conforme as solicitações dos gestores estaduais. Em 2024, foram distribuídas 20.882.790 doses do imunizante, e em 2025, já foram enviadas 3.201.800 doses.
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O ministério informou que tem colaborado com a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo na investigação de casos suspeitos e confirmados de febre amarela, especialmente no município de Ribeirão Preto. Técnicos da pasta participarão de uma reunião em Campinas com profissionais de saúde do município e de cidades vizinhas para discutir estratégias de combate à doença.
As orientações para viajantes que planejam ir a áreas com transmissão da febre amarela incluem verificar a carteira de vacinação. Aqueles que ainda não tomaram a vacina ou que receberam a dose fracionada em 2018 devem procurar uma unidade de saúde pelo menos 10 dias antes da viagem para se imunizar e evitar a exposição ao vírus sem proteção.
As recomendações se aplicam também a populações residentes em locais com evidência de circulação viral, trabalhadores rurais e indivíduos com exposição esporádica em áreas de risco. A vacina contra a febre amarela é parte do calendário básico de vacinação para crianças de nove meses a menores de cinco anos, com uma dose de reforço aos quatro anos de idade.
Além da imunização, o Ministério da Saúde destaca a importância de adotar medidas de proteção individual, como o uso de roupas de manga longa, sapatos fechados e repelentes em áreas expostas do corpo. Essas precauções devem ser mantidas ao longo do dia, já que os vetores do vírus da febre amarela têm hábito diurno.
Em caso de sintomas como febre, dor de cabeça, dores no corpo, náuseas ou vômitos, a orientação é que o paciente busque atendimento médico e informe ao profissional de saúde sobre uma possível exposição a áreas de risco para febre amarela.
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