O ministério da Defesa de Taiwan informou sobre a detecção de seis balões chineses, aumentando as tensões na região.
07 de Fevereiro de 2025 às 07h46

Taiwan detecta balões chineses em sua proximidade e intensifica vigilância

O ministério da Defesa de Taiwan informou sobre a detecção de seis balões chineses, aumentando as tensões na região.

O ministério da Defesa de Taiwan anunciou, na última sexta-feira, 6 de fevereiro, a detecção de seis balões chineses nas proximidades da ilha, que é considerada por Pequim como parte de seu território. Os balões foram identificados nas 24 horas anteriores às 06h00 locais de sexta-feira (22h00 GMT de quinta-feira), conforme relatado pelo ministério taiwanês.

Além dos balões, as autoridades também monitoraram a presença de nove aeronaves militares, seis navios de guerra e dois “navios oficiais” chineses nas águas ao redor da ilha durante o mesmo período. Este aumento de atividades militares por parte da China tem gerado preocupações em Taiwan, que vive sob a constante ameaça de uma possível invasão.

A China considera Taiwan uma província rebelde e nunca descartou o uso da força para retomar o controle da ilha. Nos últimos anos, Pequim tem intensificado sua pressão militar, realizando voos quase diários de aeronaves de combate e enviando navios de guerra para a região. A quantidade de balões detectados na última sexta-feira é uma das mais elevadas já registradas.

- CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE -

As autoridades taiwanesas têm acusado Pequim de adotar táticas de “zona cinza”, um termo que se refere a ações hostis que não chegam a ser uma declaração de guerra, como o envio de balões. Este tema ganhou destaque no início de 2023, quando os Estados Unidos derrubaram um que alegaram ser um balão espião, após ele sobrevoar o território americano. O balão, que continha diversos equipamentos eletrônicos, passou por bases militares, levantando preocupações sobre a coleta de informações por parte de Pequim.

Em resposta a essa crescente ameaça, Taiwan tem aumentado suas despesas militares nos últimos anos para fortalecer suas capacidades de defesa. A ilha conta com uma indústria de defesa, mas depende fortemente das vendas de armas dos Estados Unidos, que é seu principal fornecedor de armamentos e munições.

As relações entre Pequim e Taipei se deterioraram desde 2016, quando Tsai Ing-wen assumiu a presidência de Taiwan, e se agravaram ainda mais com a eleição de Lai Ching-te em 2024. A China frequentemente acusa os líderes taiwaneses de tentarem aprofundar a separação cultural entre a ilha e o continente.

O aumento da presença militar chinesa e as frequentes incursões aéreas e navais têm gerado um clima de tensão constante em Taiwan, que se vê obrigada a adotar medidas de defesa mais rigorosas para proteger sua soberania. O governo taiwanês continua a monitorar de perto as atividades militares de Pequim na região, buscando garantir a segurança de sua população e a integridade de seu território.

Veja também:

Tópicos: