Primeira-dama Rosângela Lula da Silva relata ataque hacker em sua conta no X
31 de Janeiro de 2025 às 21h01

Janja presta depoimento à PF sobre invasão de suas redes sociais em dezembro

Primeira-dama Rosângela Lula da Silva relata ataque hacker em sua conta no X

A primeira-dama Rosângela Lula da Silva, conhecida como Janja, compareceu à Polícia Federal em Brasília na última quarta-feira, 22, para prestar depoimento sobre a invasão de suas redes sociais, ocorrida em dezembro de 2023. O ataque, que afetou sua conta na plataforma X (antigo Twitter), resultou na publicação de mensagens ofensivas e de cunho sexual.

Durante o depoimento, Janja estava acompanhada de sua advogada, Valeska Zanin Martins, que já atuou em outros casos de relevância, incluindo a defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a Operação Lava Jato.

O ataque à conta de Janja foi caracterizado por postagens que continham xingamentos, ataques misóginos e ofensas de natureza pornográfica. Essas publicações foram consideradas criminosas, envolvendo calúnia e difamação, levando a Polícia Federal a iniciar investigações para identificar os responsáveis pelo ato.

As apurações revelaram que os autores da invasão eram menores de idade, o que fez com que o caso fosse transferido da esfera do Supremo Tribunal Federal para a Vara da Infância e da Juventude de Brasília.

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Um dos adolescentes envolvidos, de apenas 17 anos e residente no Distrito Federal, confessou ter invadido a conta de Janja. Ele teria participado de grupos misóginos na plataforma Discord, onde se comunicava com outros indivíduos sobre atividades ilegais.

Além disso, a investigação da Polícia Federal indicou que o suspeito estava envolvido na publicação de conteúdo musical com teor racista, sexista e misógino em plataformas digitais, o que gerou preocupação entre as autoridades.

Durante a invasão, o hacker publicou mensagens que atacavam não apenas Janja, mas também o presidente Lula e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. O controle da conta foi retomado pela plataforma X aproximadamente uma hora e meia após a invasão, sendo suspensa às 22h45, cerca de 15 minutos após o término do ataque.

O caso mobilizou rapidamente o governo federal, com 14 ministros, além do presidente Lula, manifestando-se contra o ataque em menos de 24 horas. A Polícia Federal organizou uma operação para identificar todos os envolvidos, enquanto a Advocacia-Geral da União notificou a plataforma X sobre o ocorrido.

As investigações continuam em andamento, e as autoridades buscam garantir que ações como essa não se repitam, especialmente em um cenário onde a segurança digital se torna cada vez mais crucial para figuras públicas.

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