Deputada afirma que Janja desempenha papel social importante; proposta de Moro visa maior transparência sobre cônjuges de chefes do Executivo.
30 de Janeiro de 2025 às 19h58

Maria do Rosário defende Janja após projeto de lei de Rosângela Moro

Deputada afirma que Janja desempenha papel social importante; proposta de Moro visa maior transparência sobre cônjuges de chefes do Executivo.

A deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) manifestou apoio à primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, em uma publicação nas redes sociais nesta quinta-feira, 30. Em sua mensagem, Rosário destacou que “já passou da hora de estarmos em alerta contra os ataques feitos à primeira-dama. Janja exerce um papel social e humanitário importante para o Brasil”.

O apoio de Maria do Rosário surge após a deputada federal Rosângela Moro (União-SP) ter protocolado, na quarta-feira, 29, um projeto de lei que visa tornar os cônjuges de chefes do Poder Executivo sujeitos à Lei de Acesso à Informação (LAI). Para a deputada do PT, a proposta representa “uma ação simplesmente para atacar Janja”.

A proposta de Moro foi apresentada poucos dias depois que a Transparência Internacional, uma entidade que atua em prol do acesso a informações públicas e no combate à corrupção, criticou a falta de transparência do governo federal em relação às viagens da primeira-dama. A ONG afirmou que “é público e notório que a primeira-dama está exercendo função pública, com intensa agenda de representação governamental e equipe de apoio”.

Embora Janja não ocupe um cargo oficial no governo, ela já atuou como representante do Brasil em eventos internacionais, como as Olimpíadas de Paris e a Cúpula do G-20, demonstrando seu envolvimento em causas relevantes.

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Na mesma quarta-feira, a presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, também manifestou apoio à primeira-dama, embora por razões diferentes. Gleisi destacou que Janja é alvo de ataques devido à sua atuação em causas sociais, como os direitos das mulheres e o combate à fome.

O vereador bolsonarista Guilherme Kilter (Novo), de Curitiba, entrou com uma ação popular solicitando a exoneração da equipe à disposição de Janja, além da desocupação da sala de 25 metros que é utilizada pelos funcionários e a vedação do uso de recursos públicos para custear despesas relacionadas ao que ele considera um suposto gabinete informal.

Gleisi Hoffmann ressaltou que “é por atuar em causas relevantes que a companheira Janja sofre tantos ataques. Não seria alvo da extrema-direita, dos machistas e dos preconceituosos se ficasse omissa diante da realidade”, enfatizando a importância do trabalho social realizado pela primeira-dama.

O ministro Herman Benjamin, presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), negou a urgência para a análise de um conflito de competência entre a Justiça do Distrito Federal e a do Paraná, o que não justificaria sua apreciação em regime de plantão.

Após a retomada das atividades da Corte, o conflito de competência deverá ser analisado pelo relator designado no STJ.

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