Uma história de coragem e superação que inspira vítimas de abuso a buscar justiça.
04 de Fevereiro de 2025 às 14h49

Policial que sofreu abuso na infância prende seu próprio agressor em Santa Catarina

Uma história de coragem e superação que inspira vítimas de abuso a buscar justiça.

No interior de Santa Catarina, uma história de coragem e superação traz esperança para inúmeras pessoas que enfrentaram situações de abuso semelhantes. Uma mulher, aos 25 anos, prendeu seu próprio agressor, um acontecimento que não apenas marcou sua vida, mas também inspirou muitas outras.

Em 2023, ela lançou um livro narrando os eventos de abuso sexual que sofreu na infância, entre os 9 e 11 anos. Este relato detalhado oferece apoio às vítimas de violência, demonstrando que é possível buscar justiça mesmo diante da desconfiança e das dificuldades. O livro intitulado "A Calha" busca encorajar vítimas a romperem o silêncio e denunciarem seus agressores.

O caminho até a prisão do agressor foi longo e repleto de desafios. Inicialmente, a mulher não encontrou apoio suficiente dentro de sua própria família. O medo e a culpa a impediam de falar sobre os abusos, mas amigos próximos a incentivaram a buscar ajuda. Quando finalmente se sentiu pronta para denunciar, encontrou barreiras nas instituições e precisou repetir sua história diversas vezes até ser ouvida.

A decisão de se tornar policial civil ocorreu em parte devido ao desejo de encontrar aquela força e coragem que via em outras mulheres policiais. Esse processo levou anos, e ela frisa que foram suas ações contínuas e movimentos diligentes que finalmente conduziram à prisão do agressor em 2016.

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A prisão do agressor trouxe um misto de sentimentos, desde coragem até medo. Ela estava presente no momento da prisão, revivendo memórias dolorosas de sua infância. No entanto, o julgamento do agressor foi afetado por normas antigas, e ele já está em liberdade devido à legislação então vigente.

Mesmo com a liberdade do agressor, a mulher acredita que o ato de sua prisão foi crucial para seu processo de cura. Isso não apenas encerrou um ciclo de dor, mas também ressaltou a importância de atualizações nas leis relacionadas a crimes contra a dignidade sexual.

Através de seu livro e de suas ações, ela oferece conselhos valiosos para outros sobreviventes. Único e impactante, seu primeiro conselho é lembrar que a vítima nunca é culpada pelos abusos sofridos. Reconhecer a própria história e respeitar o tempo necessário para lidar com o trauma são passos importantes para a recuperação.

Ela também encoraja aqueles que foram vitimados a compartilharem suas experiências com alguém de confiança e, se possível, a denunciarem os agressores. Acredita que a justiça, embora demore, tem um papel significativo na cura e na prevenção de outros crimes semelhantes.

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