O presidente da Câmara, Hugo Motta, se manifestou sobre a polêmica entre governo e oposição no Congresso, destacando a inutilidade dos bonés.
04 de Fevereiro de 2025 às 15h45

Motta critica 'guerra dos bonés' e diz que item serve para proteger do sol

O presidente da Câmara, Hugo Motta, se manifestou sobre a polêmica entre governo e oposição no Congresso, destacando a inutilidade dos bonés.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), fez uma crítica contundente à chamada "guerra dos bonés" que se intensificou nos últimos dias no Congresso. A polêmica começou durante a abertura do ano legislativo, quando parlamentares de diferentes lados usaram bonés com mensagens provocativas.

No último sábado (1º de fevereiro), durante a eleição para a Mesa Diretora da Câmara e do Senado, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, distribuiu bonés com a frase "O Brasil é dos brasileiros" para os aliados do governo. A ação foi uma estratégia para contrabalançar a imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro, que frequentemente usou bonés em suas campanhas.

Em resposta, na segunda-feira (3), a oposição apareceu na sessão de abertura do ano legislativo usando bonés com a frase "Comida barata novamente, Bolsonaro 2026", em uma clara alusão às promessas não cumpridas do governo anterior. A ação gerou um clima de rivalidade acentuado entre os parlamentares.

Hugo Motta, em uma postagem nas redes sociais na terça-feira (4), afirmou que "boné serve para proteger a cabeça do sol, e não para resolver os problemas do país". Ele enfatizou que o foco deve estar em ações concretas para o Brasil, e não em simbolismos que não trazem soluções.

“O que a gente precisa é fazer, e ter a cabeça aberta para pensar em como ajudar o Brasil a ir para frente”, escreveu Motta, reforçando sua posição de que a política deve ser pautada por ações efetivas e não por provocações visuais.

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A "guerra dos bonés" não é um fenômeno isolado. Historicamente, acessórios como bonés têm sido utilizados por políticos para atrair a atenção do eleitorado. O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, popularizou o uso de bonés com slogans em sua campanha, e essa estratégia foi replicada por diversos políticos ao redor do mundo.

O uso de bonés em contextos políticos, como o que ocorreu no Brasil, levanta questões sobre a superficialidade de algumas disputas políticas. A mensagem que Motta transmitiu parece ser um apelo para que os parlamentares se concentrem em questões mais relevantes e que impactem diretamente a vida da população.

Além disso, a situação atual reflete um ambiente político polarizado, onde cada ação e cada símbolo são cuidadosamente calculados para provocar reações do outro lado. O deputado Sostenes Cavalcante (PL-RJ) também se manifestou sobre o uso dos bonés, sugerindo que a ideia original veio do ministro Sidônio Palmeira, responsável pela comunicação do governo.

O debate sobre a eficácia de ações simbólicas em contraposição a ações concretas é um tema que continua a ser discutido entre os parlamentares. A expectativa é que, ao invés de se perderem em rivalidades, os políticos busquem um diálogo produtivo que beneficie a população brasileira.

Com a proximidade de novas votações e a necessidade de aprovar reformas importantes, a pressão sobre os líderes do Congresso aumenta. O que se espera agora é que a "guerra dos bonés" não desvie a atenção das questões que realmente importam para o país.

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