Estimativa faz parte do Plano Anual de Financiamento divulgado nesta terça-feira, com prazos de dívida entre 3,8 e 4,2 anos.
04 de Fevereiro de 2025 às 20h08

Tesouro Nacional projeta dívida pública entre R$ 8,1 tri e R$ 8,5 tri até 2025

Estimativa faz parte do Plano Anual de Financiamento divulgado nesta terça-feira, com prazos de dívida entre 3,8 e 4,2 anos.

O Tesouro Nacional divulgou nesta terça-feira (4) as diretrizes do Plano Anual de Financiamento (PAF) para 2025, estimando que a dívida pública federal (DPF) deve oscilar entre R$ 8,1 trilhões e R$ 8,5 trilhões ao final do ano. Essa projeção reflete um aumento significativo em relação aos números de 2024, que já ultrapassaram R$ 7,3 trilhões.

O PAF também prevê que o prazo médio da dívida pública federal se mantenha entre 3,8 e 4,2 anos. Este intervalo é fundamental para os investidores, pois indica a durabilidade dos compromissos financeiros do governo.

Os parâmetros que compõem a dívida pública foram detalhados no documento. A distribuição dos títulos será a seguinte:

  • Títulos atrelados à Selic: entre 46,3% e 52% do total;
  • Títulos prefixados: entre 19% e 23%;
  • Títulos atrelados à inflação: entre 24% e 28%;
  • Vencimentos em 12 meses: entre 16% e 20%.

Essas informações são cruciais para o mercado financeiro, pois o PAF serve como um guia para a captação de recursos pelo governo, indicando quanto e como a administração federal planeja financiar suas operações ao longo do ano.

O aumento da participação dos títulos atrelados à Selic é uma estratégia do governo para atrair investidores, especialmente em um cenário de juros elevados. Atualmente, a fatia de títulos vinculados à Selic está em 46,29%, e a expectativa é que essa proporção aumente, refletindo a alta da taxa de juros.

- CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE -

Além disso, o PAF sugere uma redução na participação de títulos prefixados, que apresentam maior risco em períodos de instabilidade econômica. A fatia desses títulos deve encerrar o ano entre 22% e 26%, mantendo-se estável em relação aos 21,99% registrados atualmente.

Os títulos corrigidos por índices de preços devem ficar entre 25% e 29%, enquanto a parte da dívida pública externa, ajustada pelo câmbio, deverá encerrar o ano entre 3% e 7%. Esses números são importantes para entender a exposição do governo a diferentes riscos financeiros.

O Tesouro Nacional também ressaltou que, em caso de crises econômicas, o governo possui mecanismos de segurança, como reservas internacionais, que totalizam R$ 61,22 bilhões para honrar os vencimentos da dívida pública externa em 2025. Além disso, há um colchão de R$ 860,15 bilhões para cobrir vencimentos da dívida interna por até 6,24 meses.

Com essas diretrizes, o Tesouro Nacional busca garantir a sustentabilidade da dívida pública e a confiança dos investidores, fundamentais para a estabilidade econômica do país.

Veja também:

Tópicos: